quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Actividades em Outubro


2 de Outubro
15:00 – Filme “O Nome da Rosa” seguido de discussão
  
09 de Outubro
– 15:00 – Meditação e Técnicas com Alain Blandin
                           A Luz na Terra
                           (Observação e Reconhecimento através das 4 Técnicas de Base)

16 de Outubro
– 14:30 – Encontro de Reiki


23 de Outubro
 
- 15:00 Encontro “Obrigatório” dos Terapeutas d’O Caminho da Montanha
Discussão dos casos em tratamento
Actualização de conhecimentos





Actividade permanente:
Hatha Yoga – 2ª e 4ª às 19:00


(Pintura: Rob Gonçalves)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Amai-vos...



Amai-vos um ao outro, 

mas não façais do amor um grilhão.

Que haja, antes, um mar ondulante 

entre as praias de vossa alma.

Enchei a taça um do outro, 

mas não bebais da mesma taça.

Dai do vosso pão um ao outro, 

mas não comais do mesmo pedaço.

Cantai e dançai juntos, 

e sede alegres,

mas deixai 

cada um de vós estar sozinho.

Assim como as cordas da lira

são separadas e,
no entanto,

vibram na mesma harmonia.

Dai vosso coração, 

mas não o confieis à guarda um do outro.

Pois somente a mão da Vida 

pode conter vosso coração.

E vivei juntos, 

mas não vos aconchegueis demasiadamente.

Pois as colunas do templo 

erguem-se separadamente.

E o carvalho e o cipreste 

não crescem à sombra um do outro. 

 

(Kahlil Gibran) 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010


Diz Teixeira de Pascoaes:

"O querer depende apenas da nossa alma; o poder está sujeito ao condicionalismo da nossa existência terrestre.

Não podemos atingir o que queremos? Queiramos atingir o que não podemos! Tentemos o impossível. Eis a grande virtude, o divino esforço do nosso ser maravilhoso, feito de terra e de nuvens como o gigante da epopeia camoneana; feito de realidades e de sonhos, de coisas claras e obscuras, de possíveis e impossíveis, do que existe e do que não existe, de tudo e nada.

Sim! Tentemos o impossível, porque nós somos o possível e o impossível, o natural e o sobrenatural, o corpo de carne e osso e aquele ignoto espectro que divaga de estrela em estrela e contempla Deus face a face...

Tentemos o impossível. Caminhemos para a Perfeição, muito embora tenhamos de cair por terra, desfalecidos.

In O Homem Universal

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Macro vs Micro


Numa conversa informal em que falávamos do papel do cérebro enquanto “comandante” do nosso corpo, gerou-se uma agradável discussão sobre “como somos”.

Reflectindo:

Se fomos feitos à imagem de Deus, que é o Macro Cosmos, então somos Micro Cosmos, reflexos do Criador. Entre o homem e o Criador, muitos universos: a Terra, o Sistema Solar, a Galáxia, e assim por diante. Todos reflexos, à devida escala, do Criador e, consequentemente, o homem será imagem reflectida desses mundos.

Assim, tudo é uma Reflexão do Criador, como uma boneca russa, Matryoshka, se explica o que é dito na Tábua de Esmeralda de Hermes: “O que está em cima é como o que está em baixo”.


Se continuarmos a dissecar esta reflexão, chegamos à conclusão que sendo nós mesmos um micro Cosmos, somos constituídos por milhentos outros micro microcosmos: as células, igualmente inteligentes e com uma missão. Não nos vamos perder em minimizações, embora fosse possível, chegarmos até ao quantum, o menor “universo” até agora conhecido.


Tudo isto para considerarmos se realmente haverá um “comandante” no nosso corpo? Se sim, será ele o cérebro? Ou seremos nós algo diferente?


Fica a “reflexão” no ar....

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Numa terra em guerra, havia um Rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os para uma sala, que tinha um grupo de arqueiros num canto e uma imensa porta de ferro do outro, gravada com figuras de caveiras cobertas de sangue.
Nesta sala fazia-os ficar em círculo e então dizia:

- Vocês podem escolher entre as flechas dos meus arqueiros ou passarem por aquela porta e lá serem trancados.

Todos os que por ali passaram, escolhiam ser mortos pelos arqueiros.

No fim da guerra, um soldado, que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:

- Senhor, posso fazer-lhe uma pergunta?

- Diga, soldado -respondeu o Rei.
- O que havia por detrás da assustadora porta?
- Vá até lá e veja- disse o Rei.

O soldado, então, abre-a vagarosamente e percebe que à medida que o faz, raios de sol vão entrando e clareando o ambiente.
Com a porta totalmente aberta, nota que levava a um caminho de saída.
O soldado admirado apenas olha para o seu Rei, que diz:

- Eu dava-lhes a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.

Autor Desconhecido


domingo, 19 de setembro de 2010

Actividades

Só um flash sobre a Actividade prevista para o último fim de semana do mês. O Seminário inicialmente previsto como sendo de I Grau de Reiki seré efectivamente de Iniciação ao II Grau.

A título informativo, relembramos que n'O Caminho da Montanha só será iniciado a II Grau quem fez o primeiro Grau e continua o Caminho connosco, ou seja quem fez o I Grau aqui e aqui continuou. Não é por uma questão de "snobismo", mas de energia. A iniciação Reiki é levada a cabo com a impressão através da energia do Mestre Reiki. O Caminho da Montanha tem uma energia própria. 

Esta passagem de Grau só se efectua um ano, no mínimo,  após a iniciação ao I Grau.

O candidato, depois do apelo interior à passagem de Grau, deverá apresentar um "Relatório" que permitirá ao Mestre ponderar o momento.

O II Grau é essencialmente uma tomada de responsabilidade consciente e assumida do que somos e do que fazemos. Não acredito que alguém "passe mais Reiki" só porque tem o II Grau. Creio ser uma ilusão do ego. 
O Reiki é sempre o Reiki, uma Energia forte, potente, sagrada. Não depende de NINGUÉM, existe por si mesmo. É o trabalho individual do Iniciado, no seu interior, no seu Caminho para o Ser, que leva a uma maior abertura e consequentemente maior passagem. 

Esta tomada de consciência leva forçosamente a uma responsabilização pessoal crescente, NÃO perante os OUTROS, mas perante SI MESMO e perante o UNIVERSO.

Como n'O Caminho da Montanha reconhecemos três Graus, o III é dado por "escolha" do Mestre. Quando este sabe, sente que o iniciando está pronto, que também ele(a) sabe, então é passado o III Grau.

Acredito que as antigas Escolas Tradicionais funcionavam desta forma, embora longe de mim tomar este Centro como uma delas. Não tenho o Conhecimento nem me arvoro em Mestre interno. Apenas procuro que cada um tome consciência do que É e encontre o seu próprio caminho, pois há muitas sendas.

A todos que n'O Caminho da Montanha vão percorrendo os estreitos e pedregosos carreiros, desertos e planaltos na tentativa de chegar ao cume, muita Sabedoria, Querer e Luz!

Alice Marques

sexta-feira, 17 de setembro de 2010


No estádio da alma pacificada, até a própria raiz da concepção do mal desapareceu. Mas não nos equivoquemos, não se trata de ser uma testemunha passiva do que se produz à nossa volta. A acção no mundo mantém-se:

“Aquele que de entre vós vê uma injustiça que a mude com as suas próprias mãos, se não puder, com boca, senão pelo coração, sendo isto o mínimo da fé!”

(In Khaled Bentounès, La Thérapie de l’âme)


Esta foi a frase da semana (Não vamos comentar o que é o "estádio de alma pacificada" Ficará para outra oportunidade posterior).

É um desafio, neste caso específico um hadîth corânico,  mas que é universal. Não disse Jesus: “Não venho trazer a paz, mas a espada”? Não é a guerra física que está em questão, mas antes a guerra com a nossa personna, as nossas máscaras que nos impedem a Acção, a Vontade e o Querer.

Só depois de travada esta guerra se pode atingir o estádio de alma pacificada, que não é testemunha passiva. É alguém interventivo, na acção de cada dia.

Quantas vezes nos enganamos e, para a nossa não-acção, justificamos pelo outro, pelo próximo, pela sociedade, pelas normas, pela nossa impossibilidade física, por....., são tantas as razões que nos damos. E quantas vezes – quase todas – esquecemos que a não-acção é também agir.

Alguém de entre “nós”, alguém do Caminho, escreveu no seu relatório de II Grau de Reiki: “ ... percebi que não tenho qualquer influência na Génese da Vida, que tenho apenas que agradecer ao Cosmos o privilégio de aqui estar.

A mim cabe a responsabilidade das minhas escolhas e, mais uma vez agradecer ao Cosmos a liberdade que me dá de as poder fazer. Continuar a agradecer-lhe por as poder mudar sempre que não me sinta feliz.

Percebi que depois desta tomada de consciência, que me responsabiliza intrinsecamente, todas as respostas às minhas questões estão em mim e são da minha inteira responsabilidade”.

Tudo está compreendido. Profundamente!

No ar a questão mais importante da responsabilização individual que tanta dificuldade temos em assumir.

“Não podes mudar o mundo, mas muda e tudo mudará à tua volta”.

domingo, 12 de setembro de 2010

11 de Setembro 2010



Ontem foi um dia especial para mim. Daqueles dias em que as palavras se tornam pequenas e limitadas para comunicar o que foi vivenciado.

Assim, deixo apenas um OBRIGADA vindo do âmago de mim a todos vocês

Áqueles que se fizeram presentes nos sorrisos, na alegria, nas iguarias que trouxeram

Áqueles que, distantes na presença, se fizeram próximos pelo sentir

Áqueles que....

Fica um bem-haja a todos vós que trabalhastes em silêncio, ocultos por detrás do véu, que destes o melhor na inspiração e no suor, nas muitas horas perdidas:

Aos que buscaram (ou "roubaram") as fotografias:
a Ana R., a Mary, a Elisabete

Aos que navegaram pela inspiração das letras:
a Elisabete

Aos que montaram a exposição e lhe deram música e vida
a Ester e o Mendes

Aos que prepararam uma folha de luz pirilampa que perpetua as presenças
a Mary e o Tino

A todos do presente pelo carinho, amor e dedicação que me tocaram profundamente e tornam BELO e POSSÍVEL um sonho! Todos vocês que constituem o Caminho da Montanha, forte e elíptico, na ascensão à Estrela!

Aproveito para deixar aqui uma ínfima homenagem aos do passado que tornaram possível esta Viagem:

Os meus Pais Alice e Carlos, pedras angulares da vida que fui e sou ainda, alicerces perfeitos e fortes sobre os quais assentou a educação e o sentir do ser que sou, que corajosa e incondicionalmente deram o sim a um "projecto dito utópico e irrealista", com sacrifício (mais um), permitindo que o espaço se libertasse e as paredes se elevassem ao Alto. Não posso esquecer as horas que abdicaram da "tríade" familiar em prol do Caminho.

O Claude, que fez parte da minha vida no momento certo e permitiu que as paredes físicas se tornassem o esboço da Obra que é e será!

Neste 11 de Setembro, permitam-me dizer,

VALE A PENA,

AMAR, APENAS PELO AMOR!

SORRIR, APENAS PELO BEM SENTIR!

DAR A MÃO, APENAS PORQUE É PARTE DE MIM!

SER, APENAS PORQUE SOMOS!

TODOS!

CAMINHAR, APENAS PELA BELEZA!

PORQUE O SEGREDO, O GRANDE SEGREDO É A BELEZA!

(Fotografia: Joana
Pintura: Salvador Dali)