quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sonhar




Sonhar,
Como barco navegando em mar revolto
Quando ventos de pesadelo assolam os mares de emoções
E obrigam a fechar as comportas

Sonhar,
Mesmo quando as nuvens correm rápido
Em céus de chumbo, zangados e troantes
E os pássaros recolhem à praia,
Parados, absortos e perdidos em conjecturas
Sem saberem que são sábios por saberem parar.

Sonhar,
Em dias de nunca
Sem sol, sem brisa, sem ...
Esperando o arco-íris que tarda
E num grito de apelo à liberdade
Voar sobre a tempestade, conhecendo limites
Arriscando vidas que não se tem

Sonhar
Que se É, Tudo, Todo
Aguardando despertar no tempo sem Tempo
No Agora desconhecido e venturoso

Sonhar, porque vivo de quimeras,
Enquanto o Fogo queima.

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