Na próximo dia 13 iniciamos mais uma etapa neste Caminho. Como não há
“acasos”, o dia XIII talvez seja um símbolo nos tempos que decorrem.
O XIII corresponde no Tarot, e em muitas crenças, ao Arcano Sem Nome, a
Morte. De facto, habitualmente não é uma morte física ao contrário do que se
possa crer, mas sim uma transformação que vem na continuação do Arcano XII, O
Dependurado, o Sacrifício.
O caminho pela Montanha tem cruzado desfiladeiros e travessias bem difíceis
em que apenas a Vontade impele a continuar a subida. São provas! E nelas e por
elas são feitas escolhas, triagens e quedas que vão moldando a energia que se
vai instalando e renovando, tantas vezes fortalecendo.
Assim, o XIII de reinício vem na continuidade e prossecução dos Planos que
traçaram para O Caminho da Montanha. A renovação é necessária, pois significa o
retorno a algo novo como os brotos jovens e fortes nas árvores frutíferas.
Claro que é um esforço indizível para a árvore, preparado no silêncio do mais
profundo que a habita. Começa quando ainda ela parece morta, no subir da seiva,
movimento invisível aos olhos e, com a chegada das forças primaveris, vai-se
revestindo de vida.
Um Hino à Luz, ao Amor, ao Ser!
Talvez ainda não tenha chegado a Primavera para nós, mas a renovação vai acontecendo.
Lenta e progressivamente, mas real. O Caminho nunca é fácil. Implica uma
vontade férrea, a batalha constante contra a entropia e estagnação, o cultivo
diário da paciência, do Amor e da humildade. A atenção tem de ser constante
para não se cair no logro dos olhos e ouvidos físicos. Escutar com o coração e
ver com a intuição, mesmo correndo riscos. Acima de tudo a Coragem, pois Ser
não é fácil, é um desafio constante que nem todos aceitam.
Um de nós, há tempos, disse que a continuarmos nesta Via em breve seríamos
uma ilha. Pois! Então sejamos Ilha – quem dera seja Afortunada ou A Avalon –
onde a Verdade seja sempre a Luz que guia, o Amor seja o caminho a trilhar e a
Vontade seja guiada pela Sabedoria e perseverança na certeza de que cada passo
é importante e único.
Entre nós são muitos os quereres e sentires, muitas as crenças e pensares,
cada voz é escutada sem julgamento. São degraus que permitem a ascensão, quando
a troca sem receio e a síntese são construtivas.
A XIII reomeçamos...
1 comentário:
Saiu o semeador a semear a semente. Uma parte caiu no caminho, foi pisada e as aves do céu comeram-na. Outra caiu sobre a pedra e, tendo crescido, secou por falta de humidade. Outra caiu no meio de espinhos e estes, ao cresceram com ela, sufocaram-na. Outra, finalmente, caiu em boa terra, cresceu e produziu cem por um (Lc. 8, 5-8).
O Caminho da Montanha é um Centro de desenvolvimento pessoal. Esta é a sua génese e o seu fim primeiro.
O Reiki e terapias são um completo, de muita ajuda, sem dúvida alguma. Penso que, de uma maneira geral, as pessoas que o procuram aparecem numa fase de desespero e de grave crise pessoal interior. Talvez procurem magia, soluções rápidas e meteóricas, milagres… Por isso o Reiki tem sido tão mal compreendido e vilipendiado.
Procura-se ajuda e muito bem. Quem gere o Centro dá sempre o seu melhor, orienta, aconselha e num trabalho de equipa distribui tarefas.
Mas depois há um grave problema que é preciso desmistificar. As pessoas numa primeira fase são passivas. É normal. Mas numa segunda fase têm de fazer a sua parte, fazer o seu esforço, caminhar, subir. Doutra maneira não saem do mesmo sítio. Há uma primeira ajuda exterior, mas depois cada um é que tem que tomar consciência do seu “eu”, dos seus problemas e ajudar-se a si próprio. E então o “milagre” acontece.
Ao longo destes anos que frequento o Centro verifico que uns vêm e ficam. Outros vão e não voltam mais. Outros vão e mais tarde sentem novamente o apelo e regressam. Não importa o caminho que cada um segue. O importante é o que cada um quer seguir, crescer, subir a Montanha onde quiser.
A quantidade não é importante. A qualidade sim. Que a semente semeada em cada coração frutifique a cem por um.
• Como diz a “fortíssima” frase do Apocalipse: “porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca”. Dá que pensar…
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