Fica aqui o vídeo do encontro do Centro no passado dia 10 de Junho com o discurso da Raquel, e o comentário da nossa Mestre Alice sobre o que é o Caminho da Montanha. Um bem haja a todos.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
sexta-feira, 5 de junho de 2015
Cruz
Estava a ler uma passagem bíblica e o meu
pensamento levou-me até “O Caminho da Montanha”.
Pensei partilhar o que me passou pela cabeça.
Mais uma tontaria, pensei eu. Quero lá saber. Só lê quem quer. E pode ser que
alguém faça um comentário “a matar”.
A passagem bíblica refere-se a um cego que
ouvindo dizer que Jesus ia a passar por ali, começou a gritar: “Jesus, filho de
David, tem piedade de mim”. Muitos repreendiam-no, para que se calasse. Mas ele
gritava cada vez mais: “Filho de David, tem piedade de mim”.
Pensei para com os meus botões: quem serão estes
que estão sempre a mandar calar os pobres e aflitos?
Acho que estas vozes vêm do nosso interior, mas
também do exterior. São vozes que não querem o nosso bem, a nossa felicidade.
São vozes dos instalados, dos invejosos, do imobilismo.
Do interior são os nossos traumas, complexos,
medos, receios, ingratidões, egoísmos, etc.
Do exterior são a pressão da sociedade, do bem
parecer, da escravidão, etc.
E o número 12 bailou perante os meus olhos. Arregalei-os
bem. Doze, porquê doze?
Lembrei-me, então, que em 10 de Junho “O Caminho
da Montanha” faz 12 anos. Ah, pois… E que interesse tem isso?
É que já passou a meninice, julgo que está na pré-adolescência.
Cheio de vida, com sangue na guelra, no início da rebeldia. E começa a
desconfiar da sabedoria dos “pais”. Está convencido que já sabe tudo e não tem
mais nada para aprender. Até já subiu na hierarquia, já faz umas coisas
interessantes, até já atingiu outros níveis, talvez até mestrado, possivelmente
já está convencido que faz milagres, que cura e tem solução para tudo.
Mau.
Mas O Caminho da Montanha é isso, ou sou eu a projectar nele aquilo que eu sou?
Estou a tentar enganar-me, porquê? Este pensamento levou-me a cair na minha
pequenez e arrogância. Fiquei desfeito pela queda abrupta. Afinal o cego sou eu.
Mas O Caminho da Montanha, apesar de tão novo,
quanto tem já para contar.
Centro de desenvolvimento pessoal, de meditação,
de Reiki, de Yoga, de local de refúgio nos momentos amargos e de convívio e
alegria nos momentos mais felizes.
Há um ditado popular que lhe assenta como uma
luva: “Faz o bem, sem olhar a quem”.
Não, não me esqueci do que fez Jesus ao cego.
Mandou-o chamar e perguntou-lhe o que é que ele queria. O cego fez um pedido: “Mestre,
que eu veja”. E Jesus deve ter olhado para ele com uma ternura indescritível,
pois respondeu-lhe:” Vai: a tua fé te salvou”. E recuperou a vista.
Voltamos ao Centro. Como chegamos lá? Que
procurávamos? Como estamos?
Provavelmente entramos de mãos vazias, de
coração a sangrar, procurando refúgio, bálsamo para o espírito, melhoria para o
corpo. E fomos recebidos com muito amor, carinho e compreensão.
Quase só pedimos. E que demos em troca?
Ao menos tomamos consciência do nosso estado e
sentimos gratidão a quem tudo deu e nada pediu?
Sabem o que fez o cego? Seguiu Jesus.
Sim, ficou grato. E o que tem o título a ver com
isto?
Nada? Talvez. Mas será mesmo?
Como é a subida à Montanha? É fácil? Não há
quedas? Não há desânimos? Não há frustrações? Não há momentos em que nos
apetece abandonar tudo?
Era bom que a passagem por esta vida fosse um
“Paraíso” permanente. Seria?
Estou convencido de que em qualquer sociedade a
subida pessoal só se consegue fazer pelo sofrimento, pela luta interior contra
o nosso próprio ego, pela vontade de crescer, pela dor. Pela “cruz”, ou outro
símbolo similar, consoante as culturas e crenças.
Se
tudo está bem, se não temos problemas, doenças, falta de trabalho, dinheiro, mal-estar,
porque teríamos que mudar, meditar, orar, partilhar, doar, fazer qualquer sacrifício,
pensar nos outros?
Mas sabemos, por experiência própria, que este
mundo é um “vale de lágrimas” e uma luta constante contra o nosso egoísmo, a
nossa acomodação.
Para subirmos a um estado de perfeição, quanto
teremos de lutar.
E como será belo e harmonioso quando atingirmos
o cume. A fé e esperança desaparecem. Só permanece o Amor.
E afinal já vemos, ou continuamos cegos?
É o Caminho da Montanha que precisa de nós, ou
somos nós que precisamos do Caminho da Montanha?
Bem-haja.
Ernesto Henriques
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Neste Dia Mundial da Criança, um Nascer do Dia e uma Gota de Água, crianças da Vida:
E numa manhã quando sol ainda
estava pálido, caminharam juntos pelo Jardim e olharam para leste e quedaram-se
em silêncio na presença do sol nascente.
E passado um bocado Almustafa
apontou com a mão e disse:
- A imagem do sol matinal numa
gota de orvalho
não é menos do que o sol.
O reflexo da vida na vossa
alma
não é menos do que a vida.
A gota de orvalho reflecte a
vida porque tem luz,
e vocês reflectem ávida porque
vós e a vida sois um só.
Quando a escuridão cai sobre vós,
dizei:
- Esta escuridão é a madrugada
ainda por nascer;
e embora a noite tenha caído
sobre mim
nascerei juntamente com a
madrugada.
A gota de orvalho que envolve
o lírio numa esfera
É como vós juntando a vossa
alma ao coração de Deus.
E será que uma gota de orvalho
diz,
“Há milhares de anos era uma
gota de orvalho
e continuo a sê-lo”
e vós respondeis, dizendo,
“Não sabes que a luz eterna
brilha sobre o teu círculo?”
Kahlil Gibran, O Jardim do Profeta
1 de Junho
-
18:30 –
Meditação
Criança, quem
és? De onde vens?
8 de Junho
-
18:30 – Ensinamentos
Usui – Revisão
-
(Destina-se apenas aos terapeutas n’O Caminho da Montanha
que queiram participar).
10 de Junho
-
XII Aniversário
d’O Caminho da Montanha
-
Almoço Picnic de Convívio no Coteiro em Mozelos
15 de Junho
-
18:30 –
Continuação do Estudo e Debate do livro Tratado
das Grandes Tradições do Ocultismo
29 de Junho
-
- 18:30 – Ensinamentos Usui – IV
Parte
-
(Destina-se apenas aos terapeutas n’O Caminho da Montanha
que queiram participar).
Horário das aulas de Hatha Yoga
5ª Feira – 10:30 e 17:30
Duração de cada aula: 1h a 1h
15m
Horário de
Encerramento do Centro:
2ª Feira - 20:00
3ª e 6ª Feira - 12:30
4ª e 5ª
Feira - 19:00
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