A grande maioria das pessoas hoje tem
um computador. Digamos com ele podemos fazer muitas coisas: trabalhar,
entretenimento, consulta, sacar música, filmes, vídeos, etc. É um instrumento
de trabalho fantástico.
A Internet permite conhecer muita
coisa, jogar, “viajar”, etc., mas o assunto que motiva a escrever, são os jogos
de computador. Realmente hoje há belíssimos jogos, mas também os há com uma
dose de violência muito grande. Nós, crianças, adolescentes ou adultos,
passamos muito tempo a jogar. Quase como uma forma de colmatar outras coisas ou
evitar o contacto com outras
pessoas.
Posso dar um exemplo, o Face Book, um
site (de uma rede social,),
que tem um jogo que é o
Farmville. Quem está neste site,
acaba por ficar viciado, porque tem muita vontade de estar sempre a jogar. Este jogo acaba por não ser muito
prejudicial, mas há outros que têm o efeito contrário. Há jogos em que se cria uma vida social
virtual. Cria-se uma personagem e vive-se uma vida virtual.
Ontem, estava a ver uma das séries da
minha preferência, CSI, em que o dito jogo era usado para cometer crimes. O
jogo chamava-se Second Life.
Criava-se uma personagem (estilo avatar) e tinha-se uma vida virtual. Só
que o intuito do criminoso, ia muito para além do jogo, porque tinha como
finalidade matar.
Como referi atrás, como as pessoas
passam muito tempo ao computador, acabam por ir cortando os contactos pessoais,
tornando a sua vida limitada a uma máquina. Tornam-se pessoas muito solitárias.
Curioso foi reparar que umas das personagens ,um rapaz muito novo, mas com uma
doença terminal, jogava
bastante porque tinha vida social
e até tinha um relacionamento amoroso. Era incapaz de criar laços com pessoas, levando-o a uma situação
destas.
O que interessa para aqui, é que a própria
polícia teve de o jogar também, para perceber o que se passava na cabeça do
criminoso e tentar apanhá-lo. Cada vez mais os jogos são mais sofisticados e
mais apurados em termos psicológicos e de violência. Onde é que isto nos vai
levar? Seremos nós capazes de conseguir ter relacionamentos com as pessoas, com
os filhos, manter amizades, casamentos? Cada vez temos mais tecnologia, mas
cada vez menos sentimentos. Estamos a tornar-nos cada vez mais frios. Cabe a nós mudar o mundo, senão o que
será feito de nós?
Mary Rosas
10.02.10
3 comentários:
É claro que concordo que os jogos podem ser viciantes e muito prejudiciais, mas tudo depende da mediada e do propósito com que jogamos. Não penso que quem joga seja uma pessoa sem grandes relações, o jogo também pode ser um momento de sossego, em que não temos obrigações, só estamos a relaxar, a pensar nas estratégias, que, se falharem, não têm consequências, loga não têm implicações.No jogo, jogamos quando queremos, se queremos, como queremos. Pode ser aquele momento de quietude e sossego que precisamos. O computador, pessoalmente, é uma óptima ferramenta, quase sempre me permite o contacto com familiares, amigos que estão longe, e que encontro porque têm o msn ligado, ou o facebook e podemos por uns minutos partilhar afecto e conversas, porque até nos permite ligar a câmara e ver as pessoas que estão a milhares de km. Claro que, se não há equilibrio o computador pode agravar o isolamento e despoletar alguns desiquilibrios. Mas é como tudo, é preciso peso e medida, e usar as coisas no que elas tê de melhor. Não entendo que seja o computador que provoque comportamentos, a base já la está, e as pessoas deixam que os maus hábotos as controlem. Não é o homem capaz de reflectir sobre o que deve fazer?
E...não há à milénios quem seja viciado? em jogos, em sexo, em crimes?.... A história está cheia de histórias...
Somos seres nsociais, que vivem de afectos, e se o computador pode isolar, também pode aproximar e ligar as pessoas.
Maria Dias
Maria, a defensora das novas tecnologias!! Concordo ctg, haja equilíbrio, o que por vezes não é muito fácil(sou eu que o digo...hehehe) mas possível, é como dizes, as bases são fundamentais...
É verdade que os computadores com tudo que os completam e rodeiam são armas com dois pesos e duas medidas, também entendo que eles são extremamente úteis, para a nossa profissão e por que não para um momento de lazer...
Mas, concordo que para as nossas crianças e jovens são também muito desgastantes e prejudiciais, conseguem afastá-los do ar fresco da Mãe Natureza.
Eu prefiro ver os meus filhos jogar à bola, a enfarinharem-se na lama e na terra, do que senti-los "enfiados" num espaço a jogar computador e reconheço que passam mais tempo em frente a essa "coisa" (infelizmente) do que a saborear a liberdade de serem crianças felizes a correr no meio dos campos.
Pergunto-me se as crianças com e da nova tecnologia imaginam ou imaginarão como nós crescemos felizes e saudáveis, sem tão pouco pensarmos que isto um dia iria existir, como por exemplo, este espaço neste blog.
Era meu desejo que esta ferramenta servisse unicamente ao uso da evolução e nunca do atrofiamento...
Um beijo grande para todos, em especial para a Mary e para as minhas priminhas Maria e Anabela.
Elisabete
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