sexta-feira, 19 de julho de 2013

(Eu sou o Mundo de Salvador Dali)

Todos nós temos momentos difíceis neste correr dos dias. Dias de mágoa, de dor, de raiva, de aborrecimentos, de perda, e toda a panóplia de sofrimentos humanos, são entremeados de momentos de alegria, sucesso, boas notícias, amores, esperança, elogios, etc...
Na maioria dos casos os momentos de pesar são mais fortes do que os momentos de bem-estar.

Este oscilar dos pratos da balança emocional provoca desequilíbrios que, quando não reconhecidos e cuidados, se podem instalar em cada um de nós como hóspedes indesejados mas constantes.

A vida é um movimento constante de emoções. Animam o corpo psicológico e psíquico tal como o sangue e a linfa fazem no corpo físico. Assim como o sangue reage a um corpo intruso ou a uma inflamação, acorrendo com os mecanismos de defesa próprios, usando a dor e o abcesso no combate à doença, como meios de cura e salvaguarda da saúde. De cada episódio desta luta interna pela saúde, o sangue guarda memórias. A cada novo perigo o sangue reage utilizando TODOS os meios ao seu dispor, alguns dos quais tinham sido guardados em memória de outras batalhas. Desta forma, cada um de nós é um depositário de milhões de memórias de lutas internas do nosso sangue para nos mantermos saudáveis e sorridentes. Podemos concluir que na nossa essência somos feitos para sermos saudáveis e equilibrados.

De cada vez que sentimos dor, reagimos procurando “ajuda” para o nosso guardião, o sangue. Então vamos diagnosticar a causa da dor e a partir do diagnóstico tratar. Este é um processo normal.

O que fazemos com a dor psicológica? A dor na alma?

Também temos, a este nível, o correspondente ao sangue físico: a energia. Cada vez que há uma emoção mais intensa – seja positiva ou negativa – acontece um desequilíbrio energético, logo reposto pelo nosso sangue psicológico a energia. O ideal para nós seria a “invulnerabilidade aos picos emotivos”.

Todos nós, sem excepção, temos vórtices energéticos que nos proporcionam a irrigação energética de todo o corpo. Asseguram o bem-estar psicológico e a harmonia do nosso sistema energético. As emoções alteradas constituem uma sobrecarga ao trabalho destes vórtices. Quando se esgota as possibilidades de reposição harmoniosa da energia, sobrevém a chamada doença física.

Habitualmente trata-se os sintomas da dor psicológica, sem que seja diagnosticada e tratada a causa. É como se tivéssemos, por exemplo, uma dor, seguida de inchaço num dente e apenas tomássemos analgésicos. É evidente que deixaríamos de sentir a dor, mas o problema permaneceria. Fazemos isso com, por exemplo, as depressões. Não se procura a causa, mas vai-se tomar o anti-depressivo que anula os sintomas.

Como vamos chegar à causa? É possível tratar sem conhecermos a causa?


1 comentário:

Raquel Silva disse...

É evidente que não é possivél tratar a dor sem saber a sua proveniência.Por vezes o dificil é expormo-nos á causa. A dor implica MUDANÇA e a mudança implica DESAFIO.Drumond dizia:"A dor é inevitavél.O sofrimento é opcional".Não podemos esquecer que há sempre alguém caído que espera mão amiga para reerguer-se.