Entre o real científico e o poético, o mediato e o imediato, há um traço de separação e união. Separa ou liga, ou liga separando, um conhecimento racional, apoiado em irracionais, a um conhecimento teológico supra-racional, porque excede o racional em que se firma, como o telescópio excede o olho.
A intuição, a inspiração, foi e continua sendo a primeira fonte de saber. Não é ela o espírito das coisas revelando-se, no homem, que adquire assim um cósmico sentido? A inspiração é a própria verdade ou realidade humanizada, a falar, a mostrar-se; é a Natureza feita voz, o inteligível tornado inteligência.
In "O Homem Universal" de Teixeira de Pascoaes
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