Há três anos e meio
entrei pela porta d' “ O Caminho da Montanha”.
Não sabia o que
procurava, o que iria encontrar.
Na memória ficou-me
uma “mulher vestida de branco”, que olhou para mim, sorriu e disse, "olá eu sou
a Alice". Eu sorri com timidez e respondi, "e eu sou Elisabete".
Em meu redor sentia
algo estranho que nunca havia sentido em lugar algum, apenas me perguntei: O
que se passa aqui? Que lugar é este? Por momentos parecia estar fora da
realidade por tanta paz, tanta magia…
Mas, afinal estava
a caminho do Caminho da Montanha; ao longo do tempo descobri que é este local,
este centro, este lugar mágico que assim se chama “ O Caminho da Montanha”.
Digo isto porque a verdadeira descoberta foi quando senti que eu ainda
caminhava para o caminho, este ainda longe de ser encontrado por mim... e quando
será?
Penso avistar ao
longe o sopé da montanha, mas sente-se à distância a imensidão de trilhos que a
abraçam, qual deles seguirei? Será que consigo chegar ao início de algum?
Pergunto-me se esta peregrinação até à montanha, já é por vezes tão dolorosa, deixa já tantas
cicatrizes, como será a subida da montanha que se apresenta pedregosa?
Sou uma pessoa como
outra qualquer, trago comigo uma Fé em Cristo inabalável, inquestionável, não há
terramoto algum que me faça vacilar. Jesus Cristo é o meu Porto Seguro, é o meu
Farol Divino e é a Luz que me Ilumina.
Tenho também O
Caminho da Montanha, como um Farol na Terra (representado pela Mestre Alice
Marques), ilumina-me para encontrar meu trilho. Muitas são as vezes que este
Farol provoca um grande terramoto em mim e na minha vida, muitas são as vezes
que me apetece fugir e voltar a ter paz…
Perguntam-se,
porquê? Então ela não tem paz?
Tenho uma grande
paz interior, a certeza do que faço, e a certeza de que o faço sempre e só por
Amor.
A paz, que refiro
por vezes não sentir, deve-se ao turbilhão de decisões necessárias para
ultrapassar obstáculos que se colocam no meu caminho. Por vezes, com os pés
doridos da caminhada, não tenho paciência nem compreensão, sou um ser humano… reajo
de forma menos correcta, mais egoísta e egocêntrica.
Nestes momentos, o
meu Farol Divino Ilumina-me e clarifica-me as ideias, dá-me força necessária
para aliviar o sofrimento.
O Farol Terreno, a
Mestre do Caminho da Montanha, que tem um corpo como eu, que é pessoa como eu,
ouve-me e diz-me o que lhe vai na alma, dá-me o tempo que pode ou deve. E eu,
no meio do meu egoísmo, esqueço-me que a Alice é uma pessoa, e que tem muitas
pessoas para cuidar… Sou capaz de pensar, agora que precisava de estar com ela
não tem tempo para mim…Já não é a mesma…Está diferente… Como sou egocêntrica
nestes tristes momentos, como sou pequena e não consigo ver além…
Desculpem-me a
confissão.
Depois consigo
saber que, afinal já tenho algumas armas comigo, a Mestre também é Alice, eu
consigo resolver os meus problemas, tenho de conseguir, não posso permitir que
as minhas limitações me impeçam de sonhar e voar. Tenho obrigação de ver que o
Farol (Alice) quando se vira noutra direcção, não é para me abandonar, mas
apenas para tentar iluminar alguém que no momento está em maior escuridão do
que eu…
Pergunto-me, porque
motivo provoco tempestade à volta do Farol? Quando será que vou contribuir para
o tempo de bonança e de maré calma?...
Alegra-me saber e
sentir que por maior que a tempestade seja, o Farol jamais será derrubado.
Também sei que tudo
contribui para o crescimento e a aprendizagem.
Sei ainda, que nós
Pedras Vivas d' O Caminho da Montanha, somos suficientemente fortes, unidas e
transportamos amor bastante para suportar qualquer tipo de tempestade. Se por
vezes atingimos o Farol, também nos unimos à sua volta para que ele não seja
tocado, ferido ou magoado. Já fazemos parte dele.
Orgulho-me por ter
entrado na porta de “O Caminho da Montanha”.
Um abraço de Amor e
Amizade.
Elisabete Teixeira