segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Hino à Grande Deusa da Liberdade Absoluta

Neste fim de semana tivemos entre nós Sylvie e Remi Boyer. 

Um grande bem-hajam aos dois Seres que nos vieram abrir mais  umas Portas. Passámos momentos de uma indescritível Beleza. 

Em homenagem a este fim de semana maravilhoso, relembrando um dos momentos marcantes (talvez nem sempre compreendidos), com a autorização de Remi Boyer, des-encobrimos um dos Hinos à Deusa.


(Freedom)
Deusa da Liberdade Absoluta
         Essência imutável
         Inclinação pura da Graça
         Eixo vazio do universo
         Natureza inata e ígnea de cada coisa
         Que torna inseparáveis a essência e a energia

Tu és Aquela que se consagra à tomada de consciência da Essência
Tu és a soberana Liberdade do Absoluto
Tu és o gosto de jogar
O prazer do Absoluto
Na emissão assim como na retenção da Energia

         Dá-me a Tua Liberdade
         Que eu usufrua simplesmente de Tudo
         Sem meditação nem ritual
         Sem alquimia nem teurgia
         Apenas o Grande Real

Por Ti, eu Conheço
O ser livre não tem entraves
A Libertação vã para aquele que é a própria Liberdade

Sem discurso no inexprimível
Sem ilusão pela Consciência original
Em quem tudo é Essência

Eu te reconheço Deusa da Liberdade Absoluta
Tu és a Nudez absoluta do não diferenciado

Em Ti
A imperfeição não é mais do que uma parcela da perfeição
A dúvida um fragmento da evidência do Grande Real

Por Ti
Essência do múltiplo
Poder universal
Eu reconheço
A Identidade do Grande Jogo e do Grande Real
Manifesto as coisas a partir da consciência indiferenciada
Consciência livre de qualquer dualidade
Absoluto indiferenciado
Em quem Tu és Tu
Em quem eu sou eu
Em quem Tu és eu
Em quem eu não sou até ser Tu

Deleito-me no Sabor do teu Amor
Não mais discurso, acto ou movimento
Tu revelas-te
Desnudas-te à tua vontade
A tua unção é permanente
Por Ti eu sou o Imaculado

Deusa da Liberdade Absoluta
Que revela aos amantes a totalidade da criação
Como Via para o Absoluto
Som, Toque, Cor, Sabor, Perfume, Espírito, livres
Infinitamente alargados
Supremamente intensos
Tu reabsorves a roda perpétua da experiência
No ponto de vazio da Imperiência
Por Ti
No firmamento da Consciência livre de qualquer entrave e confusão
Eu Sou a Liberdade Absoluta


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sortudo


Quando era mais novo, adorava ler as histórias aos quadradinhos, de Walt Disney. E, para mim, havia 3 figuras marcantes: Tio Patinhas, Donald e Gastão.
Tio Patinhas, o soberbo, o avarento, mas também o aforrador, o poupado; Donald, o descontraído, o irresponsável; Gastão, o sortudo.
Talvez todos tenhamos algo das 3 personagens, variando a personalidade de acordo com o factor mais acentuado.
Mas aqui apenas pretendo discorrer um pouco sobre o sortudo. Quantas vezes demos connosco a pensar: “que sorte eu tive”…
Porque os azares também nos batem à porta, é usual dizer de alguém que teve um grande azar: “estava no lugar errado, à hora errada”.
Mas há uma personagem na Bíblia que sempre me intrigou e levou a pensar: “estava no lugar certo, à hora certa”.
E essa personagem é … o chamado BOM LADRÃO !!!!!!!!!!!!!!!!!
Não será especular que, para ser condenado por furto (sabe-se lá o grau, mas devia ser muito grave para ser condenado à morte de cruz) não seria um homem muito recomendável.
No entanto, quer ele, quer o chamado MAU LADRÃO tiveram o “privilégio” de fazer as “honras” a JESUS CRISTO, ficando um à sua direita e o outro à sua esquerda.
E é interessante o diálogo que as 3 personagens tiveram entre si, já levantados na cruz:
Mau ladrão: -“Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também”.
Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas acções mereciam, mas Este nada praticou de condenável”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim quando estiveres no teu reino”.
Jesus respondeu-lhe: “em verdade te digo: hoje estarás Comigo no paraíso”.
E agora imaginemos o Cristo ressuscitado, brilhando de glória, a entrar, de rompante, no paraíso e sentar-se à direita do Pai. Admiração e espanto total no Céu, mas muito mais espanto o ver um ladrão agarrado ao Seu manto, ficando bem pertinho de Deus.
Por isso, penso que este “BOM LADRÃO” foi o bandido mais sortudo da História.
Não é a descrição em si o importante, o acreditar ou não acreditar, mas a lição que podemos tirar:
Saber aproveitar, com humildade, o estar no lugar certo e na hora certa, em benefício da nossa felicidade…


Ernesto Henriques

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Coerência


(Pintura: Garmash)

O que se entende por coerência?

Consoante o contexto em que a palavra é utilizada, assim lhe atribuímos um determinado significado.

Se nos referirmos à coerência capaz de transformar um conjunto de frases num texto, estaremos a atribuir-lhe o significado de encadeador lógico de ideias.

Se nos referirmos à coerência dos factos históricos, poderemos entender “coerência” como o mantenedor da ordem pela qual os acontecimentos tiveram lugar, ora causa, ora efeito. Segundo Saramago “A História não seria mais que a tentativa de introduzir coerência no caos dos múltiplos factos de todos os dias”.

Se procurarmos um dicionário, encontraremos algo do género “Coerência é a harmonia ou ligação entre os factos ou ideias”. “Coerente é conforme, lógico, procedente”

Enfim, muito há a discorrer sobre os significados atribuídos ao termo “Coerência”. Mas, o que importa aqui e agora é o significado que lhe é atribuído pelo senso comum, nas atitudes do quotidiano.

A coerência é uma das qualidades que mais prezo nas pessoas e nas instituições. É um guia que me facilita o caminho, indicando-me com o que posso contar. Em idênticas circunstâncias, uma pessoa coerente reage de modo semelhante. Em idênticas circunstâncias, uma organização atribui bonificações ou penalizações aos seus actores. Esta coerência é geradora de tranquilidade, de paz, que advém do facto conhecido, do facto que se executa com sentido de justiça.

Mas a coerência é indubitavelmente objectiva?

Um texto pode ser coerente em determinadas situações e não o ser noutras. O que determina a coerência é o conhecimento do mundo, dizem os estudiosos do papel da coerência na textualidade. E no nosso quotidiano? Repito a pergunta: A coerência é, indubitavelmente, objectiva? Olho ao meu redor. Olho para dentro de mim. Tento fazer uma introspecção com a maior objectividade de que sou capaz. Começo a ficar inquieta. Parece-me que o nosso sentido de coerência se balança segundo as nossas conveniências, os nossos interesses, mesmo que disso não tenhamos plena consciência. Se assim for, a coerência é subjectiva. Subjectiva, sim, conclusão a que não queria chegar.

 No nosso dia-a-dia, diferente conhecimento do mundo faz-nos reparar em múltiplas e diferentes nuances que há a considerar na Coerência. Diversos conhecimentos do mesmo mundo geram percepções diferentes, o que implica subjectivas noções de coerência. Que triste conclusão!

Cada um de nós tem dificuldade em identificar atitudes incoerentes em si próprio, mas é capaz de identificar episódios de incoerência nos vizinhos, amigos ou até nos familiares. Poderemos nada dizer, mas mentalmente acusamos de incoerente a sogra que passa a vida a dizer que gosta igualmente dos dois filhos e, no entanto, ajuda mais o que menos precisa. Poderemos não reclamar, mas parece-nos incoerente o professor que nos elogia como a melhor aluna da turma e, no entanto, nos dá a mesma nota que dá a outra colega. Até a Deus apontamos o dedo mental, pois consideramos que Ele tem de ser um exemplo de coerência, devendo amar igualmente todos os seus filhos e, no entanto, deixa alguns de nós doentes uma vida inteira.

Afinal, às vezes, também eu sou agente de incoerência. Não quero!

E é agora, agora mesmo, que devo deter-me para reflectir no que é a “coerência”. Já não me parece tão simples assim, como a tenho entendido e admirado nas atitudes de algumas pessoas. Com muita tristeza já começo a vislumbrar laivos de incoerência em mim.

O Hermetismo, no seu VI Princípio, respeita a Coerência: “Toda a Causa tem seu Efeito, todo o Efeito tem sua Causa”.

Então, ser doente é uma causa ou um efeito? Se é efeito, qual a causa? Um budista talvez me diga que se trata do Karma. Um Cristão talvez me diga que é para neles, doentes, se manifestarem as obras de Deus
Se é causa, qual o efeito pretendido? Aprendizagem da humildade?

Deus é perfeito. Logo, Deus é coerente. Mas, por vezes, eu não entendo, a Sua coerência. Talvez ainda não seja suficientemente humilde para perceber.


Ermelinda Gonçalves

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Meditando

 



                                               Quando fecho os olhos
                                               Sinto dentro de mim    
                                               Emoções que correm   
                                               Por rios sem fim…      
                                               Há janelas abertas        
                                               Nos sentimentos 
                                               Poemas de luz        
                                               Nos pensamentos.
                                               Há estrelas acesas
                                               No céu sorridente
                                               Silêncios que falam
                                               O que a alma sente


                                                               L. S.

domingo, 6 de fevereiro de 2011


Como é bela a Terra, um ponto azul no vasto espaço.

Como é grande e bela para nós, pequenas criaturas que Dela fazemos o nosso mundo.

Enquanto homens, maltratamos a Mãe que nos acolhe, alimenta e abriga,

Enquanto Caminheiros da Senda acolhemo-nos no Seu Ventre e Somos Universo.....


Bom Domingo!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011




Vamos até ao Atelier?

Artesanato

A pedido de alguns dos nossos Pestinhas, a “nossa” Elisa” vai iniciar no dia 5 de Março, às 14:00, um conjunto de 5 Ateliers consagrados ao Artesanato, ao ritmo de 1 por mês.


Está previsto trabalhar:

- Pintura em seda
- Barro
- Madeira (2 Ateliers)
- Pregadeiras


O custo base será de 10,00 (a rever e incluindo todos os materiais).