(Pormenor do jardim das Hespérides de Mestre Lima de Freitas) |
Energia é uma
expressão com vários sentidos, a nível científico e a nível místico. Se
tomarmos este último, estamos a referir-nos ao Fogo Serpentino, Força Solar ou
Energia Prânica. É constituída pela Kundalini e que impulsiona o processo de
iluminação.
Que energia é
esta? É real?
Ao longo do
tempo milhares de indivíduos tiveram o processo de iluminação, descrevendo-o como
uma experiência de clarividência ou iluminação,
levando-nos ao termo luz. Esta
iluminação pode ser descrita como o desenvolvimento de um tipo de energia, ou
carga eléctrica, no interior do sistema nervoso até ao cérebro e as reacções
químicas e biológicas que ocorrem
no nosso cérebro. Podem ser ocasionadas de várias formas, nomeadamente
meditação, oração, dervixe, etc.. Estes métodos, que funcionam realmente,
induzem estados alterados de consciência, através das reacções eléctricas,
biológicas e químicas que desencadeiam.
Os antigos
escolheram o simbolismo da árvore, o axis
ou a coluna como condutores desta
energia serpentina. Existem descrições deste “despertar” da energia:
“De repente senti alguma actividade na base da minha
coluna. Uma sensação de energia tremente e ondulante começou a subir pelas
minhas costas. Senti como se cada tronco nervoso da minha coluna tivesse
começado a arder. Podia sentir vórtices de electricidade girando em ocais que tinham sido
descritos como chakras”.
Outra descrição:
“Subitamente, vagas de energia – como cargas
eléctricas – subiam num ápice pela minha coluna acima. Gradualmente
transformaram-se numa corrente firme de energia quente que fluía desde a ponta
da minha coluna até ao topo do meu crâneo”.
Estas são
descrições de Jenny Randles e Peter Hough de experiências actuais.
Esta energia
pode ser bastante perigosa se não for correctamente usada, como é mencionado na
literatura antiga. Trata-se da energia dual
da serpente ou naga. É um Fogo
Serpentino poderoso que gera um fogo real, uma vez que os átomos são
agitados de tal forma que a constituição molecular do corpo humano já não é
capaz de conter a energia. O iluminado
terá de controlar a sua própria libertação de energia. Como descreve Gopi
Krishna “ficava muitas vezes preocupado com o facto de não haver ninguém que o
ajudasse a controlar o processo e mais de uma vez sofreu os efeitos negativos do
Fogo Serpentino, incluindo sensações de queimadura intensa”.
O lado masculino
ardente – yang – da Kundalini tem de ser equilibrado pela água ou lado feminino
– Yin. O equilíbrio correcto leva-nos ao ente supremo que tem vários nomes. Citando
alguns: na literatura cristã, o Espírito
Santo; nos textos hebraicos o Rauch
Ha Kodesh, o Vento Sagrado; no hinduísmo
tem muitos nomes, dos quais Prana e Fogo Líquido; na alquimia Fogo Serpentino ou Energia Solar; na Polinésia o Mana,
a Força Vital; para os nórdicos Wodan.
Há muitas formas
de designar a iluminação, mas o que é
importante frisar é que é universal.
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