quinta-feira, 2 de maio de 2013

Energia e iluminação

(Pormenor do jardim das Hespérides de Mestre Lima de Freitas)


Energia é uma expressão com vários sentidos, a nível científico e a nível místico. Se tomarmos este último, estamos a referir-nos ao Fogo Serpentino, Força Solar ou Energia Prânica. É constituída pela Kundalini e que impulsiona o processo de iluminação.

Que energia é esta? É real?

Ao longo do tempo milhares de indivíduos tiveram o processo de iluminação, descrevendo-o como uma experiência de clarividência ou iluminação, levando-nos ao termo luz. Esta iluminação pode ser descrita como o desenvolvimento de um tipo de energia, ou carga eléctrica, no interior do sistema nervoso até ao cérebro e as reacções químicas e biológicas  que ocorrem no nosso cérebro. Podem ser ocasionadas de várias formas, nomeadamente meditação, oração, dervixe, etc.. Estes métodos, que funcionam realmente, induzem estados alterados de consciência, através das reacções eléctricas, biológicas e químicas que desencadeiam.

Os antigos escolheram o simbolismo da árvore, o axis ou a coluna como condutores desta energia serpentina. Existem descrições deste “despertar” da energia:

“De repente senti alguma actividade na base da minha coluna. Uma sensação de energia tremente e ondulante começou a subir pelas minhas costas. Senti como se cada tronco nervoso da minha coluna tivesse começado a arder. Podia sentir vórtices de electricidade  girando em ocais que tinham sido descritos como chakras”.

Outra descrição:

“Subitamente, vagas de energia – como cargas eléctricas – subiam num ápice pela minha coluna acima. Gradualmente transformaram-se numa corrente firme de energia quente que fluía desde a ponta da minha coluna até ao topo do meu crâneo”.

Estas são descrições de Jenny Randles e Peter Hough de experiências actuais.

Esta energia pode ser bastante perigosa se não for correctamente usada, como é mencionado na literatura antiga. Trata-se da energia dual da serpente ou naga. É um Fogo Serpentino poderoso que gera um fogo real, uma vez que os átomos são agitados de tal forma que a constituição molecular do corpo humano já não é capaz de conter a energia. O iluminado terá de controlar a sua própria libertação de energia. Como descreve Gopi Krishna “ficava muitas vezes preocupado com o facto de não haver ninguém que o ajudasse a controlar o processo e mais de uma vez sofreu os efeitos negativos do Fogo Serpentino, incluindo sensações de queimadura intensa”.

O lado masculino ardente – yang – da Kundalini tem de ser equilibrado pela água ou lado feminino – Yin. O equilíbrio correcto leva-nos ao ente supremo que tem vários nomes. Citando alguns: na literatura cristã, o Espírito Santo; nos textos hebraicos o Rauch Ha Kodesh, o Vento Sagrado; no hinduísmo tem muitos nomes, dos quais Prana e Fogo Líquido; na alquimia Fogo Serpentino ou Energia Solar; na Polinésia o Mana, a Força Vital; para os nórdicos Wodan.

Há muitas formas de designar a iluminação, mas o que é importante frisar é que é universal.

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