quinta-feira, 1 de julho de 2010

Coincidências



Coincidências. 
Mas afinal o que são coincidências? O Destino a trabalhar para nós? A consciência do nosso rumo? As respostas que a Vida nos dá? A ajuda que a Religião afirma que Deus nos oferece?

Seja o que for, já percebi que poucos as vêem, que poucos as tentam entender. Sinto-me a ver as coisas de outra perspectiva, sinto-me a obter a informação da forma mais natural, mais mundana que há.

Olhando para trás existem uma série de coincidências. “Foram reais ou sou eu que as estou a criar?”. Talvez seja este o principal problema do Homem. O medo. Nesta percepção das coisas não há certezas como na Ciência. Deixamos de possuir o conhecimento da existência da resposta certa e de que todas as outras estão erradas. Nesta visão deixamos de ser o indivíduo que está atrás da objectiva e passamos a ser nós mesmos a objectiva. Passamos de comodista, que recebe a resposta e faz com ela o que assim entender, a explorador que não se cansa de colocar novas perguntas e de procurar sempre novas respostas. Somos nós que focamos o que vemos. Somos nós que escolhemos que quantidade de imagem pretendemos ver. Somos nós que definimos a qualidade de imagem.

Mas será a falta de certeza o único motivo para a existência deste medo? Talvez não. Atrevo-me mesmo a dizer que tenho a plena convicção de que há muito mais. Mas então pergunto-me “Que mais há?”. Fácil. O facto de dependermos de nós mesmos, de termos de confiar em nós, no mais selvagem instinto (e quando digo selvagem refiro-me a um instinto não humanizado, ou seja, que não tenha sido racionalizado, estudado, que seja natural, puro, virgem…), a crença de um objectivo na vida, a existência de inúmeras coisas que jamais obteremos a compreensão total, a desistência de procurar essas respostas e simplesmente cair numa aceitação tal que essas respostas deixam de existir, não porque algo ou alguém nos proíbe de procurá-las mas porque percebemos que não são essas que nos interessam, nada em nós vai mudar por as obtermos.

Aceitemos um facto: a vida é feita de coincidências. Que interessa se são reais ou se foram criadas por nós? Desde que sirvam para percebermos que temos um rumo, um objectivo, um propósito para compreendermos o que se passa connosco e que tudo tem um motivo, então o Objectivo principal foi obtido. Há vários caminhos para o mesmo destino: os caminhos do conhecimento de todos (reais) e os caminhos explorados por nós (criados).

Ratinha
30.Junho.2010

1 comentário:

alice marques disse...

Olá,
Por coincidência vivo e encontrei-te no meu caminho. Neste momento da vibração dos meus átomos tento prolongar a percepção do Real para que todos os momentos da vida sejam parte do Cosmos a que chamo Absoluto.
Sim, sou parte integrante e activa nesta Vibração. Pouco importa o que dizem, rotulam ou discordam. Sou Ser a Caminho do Absoluto, do Grande Real, em busca do Eu Sou.
Bem-hajas por este texto!