Pergunto-me: o que fica? Quem, incluo-me, vai realmente tornar realidade o que lê, o que vê? Quem de verdade sabe que é lindo, mas para si mesmo fica por aí, no domínio da fantasia, da ilusão. Quando vamos, de verdade, procurar o nosso Querer, o nosso Sentir mais profundo e torná-Lo realidade?
Cada vez mais acredito que nos iludimos ao procurar freneticamente em leituras, filmes ou outros meios, respostas. Podemos ir encontrando “marcos indicadores”, mas de que servem se nos encostamos a eles e dormimos?
De que serve procurar, procurar, se, encontrando, o pomos de lado. É como estar sedento, procurar a Fonte, lendo, indagando, mas não pondo pés a caminho. Sabendo “tudo” o que outros escreveram (mesmo aqueles que não tendo chegado à Fonte, pretendem saber descrever como Ela é), podendo conhecer rotas múltiplas e díspares, mas ficarmos quedos e sedentos, desculpando-nos com um “eruditismo” académico que espanta o outro e nos consola o ego.
Continuamos sedentos!
1 comentário:
A busca e a necessidade de bem estar faz parte do ser humano, da pessoa.
Interessa que o conhecimento e as realidades que chegam até cada um, ajude o proprio a viver com atitudes e comportamentos, de acordo com a sua evolução e com a VIDA, que este conhecimento não fique apenas armazenado e não contribua para o desenvolvimento do egocentrismo. Este risco está presente todos os dias. Tento lutar contra esta grande força -O Ego-. Reconheço que é muito dificil.
Obrigada Mestre pelas paragens que em mim provocas, pois apenas com elas caminharei.
Um dia talvez ainda perdido no tempo,acredito, deixaremos de ser sedentos.
Beijo Maior.
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