domingo, 26 de agosto de 2012

A Rosa II


Muito há a dizer sobre o Pincipezinho. Uma história infantil? Hmmmm..... Diríamos muito mais. Por agora falemos da Rosa, aquela flor tão amada.....


N’O Principezinho a Rosa domina todo o conto e constitui a sua verdadeira raiz.

É descrita de uma forma que poderíamos classificar como humana.

Representaria um protótipo de Mulher? No entanto esta Mulher não seria comum, mas antes um símbolo espiritual.

Poder-se-ia dizer que representa o Eterno Feminino?

Cremos que a simbologia é vasta: amor humano, perfeição mística, religião natural, a Pedra Filosofal. Uma palavra para a definir: Amor.

A rosa é uma flor, no físico bela, sensível, protegida pelos espinhos no caule... Tem uma forma circular, as pétalas da corola têm a forma de um coração e apoiam-se umas nas outras harmoniosamente. A forma é um pentagrama, as cores são os cambiantes das cores primitivas. O cálice é púrpura e ouro.

Descrita desta forma, esta flor vai preencher todos os atributos constitutivos dos corpos químicos ou etapas da Grande Obra. No livro, Saint-Exupéry descreve as várias fases: a eclosão do “botão enorme”, da sua “miraculosa aparição”, a “longa preparação”, a cuidadosa escolha “das suas cores”, o ajustar “das pétalas”.....

Citando Yves Monin «O seu esplendor, a dupla identificação com o sol fazem dela um mundo, um planeta, uma soma micro-cósmica equivalente, conforme as Tábuas de Hermes Trismesgisto ou o Selo de Salomão (“O que está em cima é como o que está em baixo), ao macro-cosmos, e igualmente ao Ouro Alquímico (cujo símbolo hieroglífico é solar...»

A viagem d’O Principezinho vai ensinar o que ele não aprendeu no seu planeta, ao lado da flor. Porque «aquilo que os homens procuram pode ser encontrado numa única rosa.»


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