Muito há a dizer sobre o Pincipezinho. Uma história infantil? Hmmmm..... Diríamos muito mais. Por agora falemos da Rosa, aquela flor tão amada.....
N’O
Principezinho a Rosa domina todo o conto e constitui a sua verdadeira raiz.
É descrita de
uma forma que poderíamos classificar como humana.
Representaria um
protótipo de Mulher? No entanto esta Mulher não seria comum, mas antes um
símbolo espiritual.
Poder-se-ia
dizer que representa o Eterno Feminino?
Cremos que a
simbologia é vasta: amor humano, perfeição mística, religião natural, a Pedra
Filosofal. Uma palavra para a definir: Amor.
A rosa é uma
flor, no físico bela, sensível, protegida pelos espinhos no caule... Tem uma
forma circular, as pétalas da corola têm a forma de um coração e apoiam-se umas
nas outras harmoniosamente. A forma é um pentagrama, as cores são os cambiantes
das cores primitivas. O cálice é púrpura e ouro.
Descrita desta
forma, esta flor vai preencher todos os atributos constitutivos dos corpos
químicos ou etapas da Grande Obra. No livro, Saint-Exupéry descreve as várias
fases: a eclosão do “botão enorme”, da sua “miraculosa aparição”, a “longa
preparação”, a cuidadosa escolha “das suas cores”, o ajustar “das pétalas”.....
Citando Yves
Monin «O seu
esplendor, a dupla identificação com o sol fazem dela um mundo, um planeta, uma
soma micro-cósmica equivalente, conforme as Tábuas de Hermes Trismesgisto ou o
Selo de Salomão (“O que está em cima é como o que está em baixo), ao
macro-cosmos, e igualmente ao Ouro Alquímico (cujo símbolo hieroglífico é
solar...»
A viagem d’O
Principezinho vai ensinar o que ele não aprendeu no seu planeta, ao lado da
flor. Porque «aquilo que os homens
procuram pode ser encontrado numa única rosa.»
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