(Garmash) |
Não sei o que é a verdade,
Procurei e não encontrei nada -
Pois havia ousado procurar.
E quando esse nada interroguei
Senti que o pensamento era buscar
Caminhos para me perder sem achar.
As minhas noites são desconsolos.
Escuto orquestras de reflexões
E não sei quem as compôs.
Prefiro permanecer contrário a mim
E interrogar tudo aquilo que temi.
Não sei o que é a verdade,
Pois durmo mais do que a condição.
Mas dormir é viajar para além
Dos encontros que a vida concede
E que o peito por miséria esquece.
Não sei o que é a verdade!
Procurei e não encontrei nada!
Mas ainda há a alma
Que permanece perturbada.
In Claustro de Sonhos de
S. Franclim
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