sábado, 6 de outubro de 2012

Pater Noster


No âmbito da Meditação, deixamos o trabalho desenvolvido pela Teresa Carvalho (Té). Embora longo, vale a pena mergulhar....
(Visão do Trono de Deus)


O Pater Noster, segundo Joseph. Marie Ragon (séc. XVIII) é uma oração anterior, em muitos séculos, a Jesus Cristo.
De origem caldéia, foi adoptada pelos Israelitas durante o seu cativeiro na Babilónia. A oração recebe o nome de Kodish e é semelhante ao nosso Pai-Nosso.

“Pai nosso que estais nos Ceús
Santificado e exaltado seja o nome do Senhor
Governe logo e em tempo próximo a casa de Israel
Governe aquele que fez o céu e a terra
Que desça a vida dos altos dos céus sobre nós
Receba as nossas orações com misericórdia, acolha as súplicas de todo o Israel
O Eterno é aquel que me envia sua ajuda nos dias de necessidade, matem a paz entre nós e em todo o Israel.
Que seja dito. Amém!”

Vamos, ao longo desta pequena exposição, procurar pereber cada petição nas diferentes correntes uma vez que é a oração mais preferida.

O que é a Oração?
A oração autêntica é um estado de receptividade e aspiração ao contacto com energias supra-humanas. Através dela o indivíduo invoca essas energias e afirma a disposição de unir-se a elas no interior do ser.
A oração desinteressada é a abertura incondicional, pura entrega, doação sincera à vontade da Consciência Suprema, que se espelha na vontade do seu eu interior. Mobilizando energias, eleva-as ao nível intuitivo ou além. Constituída no silêncio interno, alicerça-se na fé e na vigilância.
Mesmo sem o saber e sem nada direccionar, o indivíduo em oração estimula Transformações nos demais, uma vez que irradia clareza e lucidez para a aura planetária.
Sendo assim, a Oração é instrumento de serviço ao mundo e deve nascer na humildade para ser eficaz. É a base para obras evolutivas.

Pai-Nosso Católico

“Pai nosso que estais no Céu
Santificado Seja o Vosso Nome
Venha a nós o Vosso Reino
Seja feita a Vossa Vontade
Assim na Terra como no Céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje
Perdoai os nossos pecados assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido
Não nos deixeis cair em tentação, e livrai-nos do mal.
Amém”

Já todos conhecemos esta linha de pensamento por isso não vou alargar-me. Vou procurar abordar apenas o essencial nesta exposição.
Nesta Oração, Jesus ensina-nos o que precisamos desejar e pedir a Deus – tudo contido em sete pedidos que dividem em três relacionados directamente com Deus e quatro que são expressivos dos nossos interesses.
Nos três primeiros pedimos que
O seu nome seja santificado
O seu reino venha a nós
Seja feita a Sua vontade
pedimos tudo o que possa ser maior e melhor para a glória de Deus e para a nossa salvação – a Vida Eterna. Ou seja, que o nome de Deus seja conhecido e glorificado como Santo, que Seu reino se estenda às nossas almas e nos leve ao céu, que todos os homens, tornados seus filhos, lhe obedeçam. Também inclui a graça da fé, que nos faz conhecer e revelar o nome de Deus, da esperança, que nos faz desejar e obter o Seu reino, e da caridade, que nos faz abraçar a Sua vontade e obedecer à Sua lei.
Ao rezar estes pedidos devemo-nos lembrar: no do nosso baptismo, no do nosso crisma e no dos 10 mandamentos.
Nos restantes quatro pedidos pedimos:
pão nosso de cada dia
perdão dos nossos pecados
que nos livre das tentações
são a expressão exacta das nossas necessidades, tanto para o corpo como para a alma. São tudo o que devemos ter na Vida presente para alcançar a Vida Eterna. Têm por fim levar-nos a um estado que permita obter o que contêm os três primeiros. Também os podemos relacionar com os sacramentos. Assim, o pedido relacionamos com a Ordem e a Eucaristia – pedindo o pão dos nossos corpos pedimos o das nossas almas, a Eucaristia. O que faz com que pedissemos para nos dar padres para a rezar. O refere-se à Penitência, já que pedimos perdão dos pecados implorando a graça de confessar, sobretudo na hora da morte. No temos o Matrimónio e no a Extrema Unção.



Pai-Nosso Gnóstico

“Pai nosso que estais no Céu
Santificado seja o Vosso Nome
Venha a nós o Vosso Reino
Seja feita a Vossa Vontade
Assim na Terra como no Céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje
Perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores
Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Amém.”

A gnose, também chamada doutrina esotérica cristã (cristã porque foi ensinada pelo próprio Cristo e esotérica porque somente a passou a um grupo reduzido por ensinamento oral), é a ciência religiosa que tem o conhecimento dos três mundos: Divino, Espiritual e Material.
Mundo Divino  Deus é o Ser, é eterno e presente em todos os lugares. Embora Uno e Infinito existem nele três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo – Deus é uma Trindade.
Segundo esta corrente, Jesus não é filho de Deus mas um corpo ocupado por Cristo, um Ser celestial. Cristo era uma “emanação” ou projecção do Deus Supremo que vem ao mundo para salvar e revelar uma só ideia básica:
Do mesmo modo que Ele e Deus eram um, o gnóstico que albergue no seu corpo uma   porção de espírito divino é um com Deus.
Por ele, o gnóstico deve abandonar a matéria que o aprisiona (o corpo e o mundo com paixões e desejos) para voltar ao âmbito divino, de onde procede.
Cristo revelou ainda que a porção de espírito que habita nos corpos dos gnósticos formava parte de uma entidade dupla. A outra parte desse espírito esperava pacientemente, no céu, pela metade retida na terra – voltar à origem – o que ocorria com a morte do corpo.
Não há Ressurreição, é impensável porque só o espírito é imortal enquanto o corpo é pura matéria e esta não é imortal. A salvação não necessita da ressurreição da carne, que é física, é um acto espiritual: união da sua parte divina, que sobe ao céu, com a Divindade.
O homem é o espírito dotado da razão e liberdade combinado com uma alma e um corpo animal. O seu espírito é de origem celestial, que se veio encorporar na terra para aperfeiçoar a alma.
𝐻𝑜𝑚𝑒𝑚 = 𝑒𝑠𝑝í𝑟𝑖𝑡𝑜 + 𝑎𝑙𝑚𝑎 + 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑎𝑛𝑖𝑚𝑎𝑙
razão            liberdade
 
 


Neste sistema os sacramentos não existem como acções que transmitem por si mesmas a salvação a quem as recebe. São símbolos que encerram que o “espiritual” está a viver a união com a Divindade já nesta vida carnal. São cinco:
Baptismo ( da água, do fogo e do ar) – o espírito estava livre dos demónios, era sinal de ter sido eleito
Ordenação
Eucaristia – no pão e vinho via-se uma representação do “homem perfeito”
Extrema unção – símbolo da redenção e do domínio definitiva imortalidade; permitia a semelhança ao ungido por excelência, Cristo
Os pedidos na Oração:
dirige-se a Deus como Pai no mundo brilhante dentro do universo onde estão todos os epíritos
pede a santificação que é um estado de purificação
que venham os poderes de Deus, tudo o que existe está nel. O reino celeste corresponde ao pleroma (origem) de onde todos vierm e do qual todos têm saudade.
pede uma vida santa e verdadeira uma vez que esta nos conduz ao céu
que o alimento seja dado ao espírito e à alma
refere-se ao arrependimento para fazer a mudança e realizar no homem uma regeneração ou conversão
pede para deixar a vida material, não sucumbir aos impulsos da alma e livrar dos sofrimentos (dor, doenças, morte, reencarnações e vidas sucessivas).



Pai-Nosso – Rosa Cruz

“Pai nosso que estais no Céu
Santificado seja o Vosso Nome
Venha a nós o Vosso Reino
Seja feita a Vossa Vontade,
Assim na Terra como no Céu

O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje
Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores
Não nos deixeis cair em tentação
Livrai-nos do mal

Porque Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre,
Amém”

Esta filosofia ensina que o homem é um Espírito Triplice – Divino, de Vida e Humano. Tem uma mente através da qual governa o tríplice corpo que emana de si mesmo, para adquirir experiência – corpo denso, corpo vital e de desejos. Este tríplice corpo Transforma-se numa alma Tríplice – Alma consciente, alma intelectual e alma emocional.
Estes três corpos alimentam-se da impotência (falta de força) ao poder absoluto, omnipotência das três almas.
O Espírito Divino emana de si mesmo o corpo denso usando como alimento a alma consciente.
O Espírito de Vida emana de si mesmo o corpo vital extraindo como alimento a alma intelectual.
O Espírito Humano emana de si mesmo o corpo de desejos extraindo como alimento a alma emocional.
Os corpos e a mente são instrumentos do Ego. Da qualidade e condição destes depende o trabalho do Ego para colher experiência em cada vida. Se estas ferramentas foram ricas e activas há crescimento espiritual e a vida será produtiva no que diz respeito ao espírito.
Cada espírito (Divino, de Vida e Humano) expressa adoração à Divindade – Pai, Filho e Espírito Santo. Ou seja, o Espírito Divino tem reflexo no Pai, o Espírito de Vida, no Filho e o Espírito Humano no Espírito Santo.


Esta oração será uma forma de pedir melhoramento, crescimento e purificação de Todos os veículos do homem.
Assim teremos as sete petições, embora a primeira o não seja propriamente (dirige a oração):
Dirige-se ao Ser superior, a Divindade.
O Espírito humano eleva-se à sua parte, o Espírito Santo (Jeová) para o corpo de desejos.
O Espírito de vida reverência-se perante o Filho (Cristo) – oração do espírito de vida ao Filho para o corpo vital.
O Espírito divino pede ao Pai (aspecto mais elevado da Divindade) para a sua contraparte, o corpo denso
O Espírito de vida pede ao Filho pela sua outra parte de natureza inferior, o corpo vital. Este corpo é a sede da memória; aqui estão retidas e arquivadas lembranças de todos os acontecimentos passados (bons ou maus). Ao morrer, as recordações da vida ficam registadas nesses arquivos imediatamente depois de abandonar o corpo denso.
Pedir perdão pelas injúrias que tenhamos praticado e esquecer e perdoar aqueles que agiram mal contra nós acaba com todos os maus sentimentos e salva-nos dos sofrimentos “post mortem” e prepara o caminho para a Fraternidade Universal.
O Espírito humano (aspecto inferior do espírito) dirige-se ao aspecto mais inferior da divindade para corpo de desejos.
Os três aspectos do tríplice espírito juntam-se para o pedido mais importante, pela mente – que é uma ligação entre os três veículos do homem e o espírito (os três corpos juntos com o vínculo da mente são as ferramentas do espírito na sua evolução)
A Terminação da oração:
Porque Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre, Amém
Não foi dada por Cristo mas é a propriada como adoração final do tríplice espírito por se dirigir à Divindade.



Pai-Nosso pela Cabala

“O IOD criador que é em AIN-SOPH,
Que KETHER teu Verbo seja santificado,
Que TIPHERETH esplendor do teu reino emane seus raios,
Que IAVE Tua lei cíclica reine em MALKUTH como ele reina em KETHER.
Dai-nos em cada dia NESCHAMAH a iluminação de uam das 50 portas de BINAH.
Opõe a misericórdia infinita de CHESED às “cascas” que eu crio à minha “Imago”
Enquanto, ignoro a uma das 32 vias de CHOCMACH,
Eu emano o rigor de RUAH para meus irmãos.
Preservai NESCHMAH das atracções de NEPHESCH e livrai-nos de NAHASCH.


 
Pois tu é
Em                AELOHIM
RESCH. O Princípio
TIPHERETH. O Esplendor
IESOD. A Matrix


A Cabala (Tradição das coisas divinas) designa num sentido amplo a mística judaica e a doutrina esotérica.
Deus, originariamente Todo poderoso, teria criado o mundo segundo 32 vias misteriosas representadas pelas 22 letras do alfabeto hebraico e os 10 sefirot, emanações, representam o estado intermédio entre Deus e a criação.
Os mandamentos e o estudo da Tora levam à ascenção para o Divino, isto é, à reconstrução da harmonia entre o “mundo do além” e a multiplicidade do universo nascido do Uno.
A vida, auxiliada com estudo e oração, oferece uma via de integração activa e passiva na grande hierarquia divina da criação. Procura ajudar a alma a reencontrar a sua Divindade.


Aqui encontramos também os sete pedidos:
Dirige-se ao princípio gerador – IOD. É Deus no seu aspecto mais elevado – sem limites, o Infinito, o Todo Absoluto que está na Emanação, a Fonte Divina.
Dele vem a luz por tal seja santificada sua vontade. Dirige-se ao plano divino.
Que a harmonia e a beleza, que são o rosto visível de Deus, na manifestação material, iluminam o caminho.
Pede que haja na terra, plano físico, a lei do Deus criador, do Ser Divino. Que as suas regras rejam as nossas personalidades.
Que a compreensão de Deus (espírito de Deus) com as suas regras/leis ilumine a consciência humana, o coração – espírito. Através dessa consciência o homem pode subir por momentos ao plano superior.
Neschamah é a faculdade humana correspondente à ideia de Binah (compreensão). Será a alma superior, estamos no plano do intelecto.
Pede para afastar as “máscaras” que criamos, pela Graça (espírito de Deus) enquanto o Amor e a Sabedoria (Hocmach) emana da alma.
Ruach corresponde à alma inferior que se elevará pelo arrependimento – estamos no plano físico.
Pede que não deixe o seu espírito, consciência, cair nas tentações do corpo (Nephesch). Este é p veículo de Ruach pelo qual a mente é conduzida para a “queda”.
O crescimento do ser humano faz-se de Nephesch – corpo – elevando-se através de Ruach – alma – ao mais alto grau de Neschamah – espírito.
Pede também que nos livre da Serpente do Édem, que será correspondente ao Mal, à queda, abismo.


Conclusão:
Como ponto comum temos sempre uma Divindade à qual nos dirigimos para pedir protecção e ajuda para a nossa “passagem” por este mundo. O Amor e Perdão são pontos importantes para essa caminhada, seja qual for a filosofia escolhida.
Se fizermos esta oração não só rendemos homenagem a Deus como lhe pedimos pelas coisas espirituais que todos necessitamos, a Sua Graça. Terá como efeito espalhar a Paz e a Harmonia no espírito, o Amor na Terra e também unir o homem a Deus, ao mesmo tempo que une os homens entre si.



A título de curiosidade

Pai-Nosso Esotérico
A oração sagrada ensinada por Nosso Senhor Jesus o Cristo, O Logos é poderosa porque beneficia a alma e o corpo de todos aqueles que o praticam. O Pai-Nosso é dividido em sete petições, as quais conectam nossa pessoa humana a nosso Real Ser Divino.
Sabemos que temos sete corpos e também sete chacras principais, chamados no Apocalipse de Igrejas. Cada uma das petições, bem trabalhada e com profunda devoção, unindo Concentração e Imaginação Positiva, equilibrada, cura e “alinha” cada um desses chacras e corpos.
Devemos orar com a Consciência e com o coração. Assim, devotadamente, nos conectaremos mais e mais com nossa Divina Presença, o “Eu Sou Cristo”, o nosso Criador Interior, aquela Centelha Divina que é um fragmento glorioso do Exército da Voz, do Cristo Cósmico e Infinito.

Pai nosso que estais nos Céus
Introdução à oração sagrada. O Pai aqui é o nosso Ser Interno, que é, que existe, nos nossos Mundos Superiores de Consciência. Esse Céus são os nossos estdos de supra-consciência. É a primeira parte da Invocação, onde se Conjura o nome sagrado de Deus.

1 Santificado seja o Vosso Nome
Aqui devemos aprofundar a nossa entrega a Ele. Nesse momento a Graça de Deus começa a descer sobre nós, depois de invocado o Nome do Pai. Essa Graça, essa Energia Cósmica, começa a iluminar o nosso corpo espiritual, Atman, e o nosso chacra coronário. A cor é violeta.

2 Venha a nós o Vosso Reino
Aqui pedimos que toda a sua Presença e Poderes trabalhem sobre nós, para que sejamos Transformados. Corresponde ao corpo da Consciência (o nosso verdadeiro Lar é a nossa Consciência), ou corpo búdico, e o chacra é o frontal. As cores são o azul e o rosa.

3 Seja feita a Vossa Vontade
Imploramos que a Vontade d’Ele se faça, e que conheçamos essa Vontade para que a obedeçamos conscientemente. O Conhecimento (Gnose) ajuda-nos a Ter a verdadeira Fé, ou Fé Consciente. Corresponde ao corpo Causal, Manas, ou ainda, corpo da Vontade, também ao chacra laríngeo.

4 Assim na Terra como nos Céus
Devemos implorar o Pai para que conciliemos a nossa vida material com a espiritual, “viver no mundo mas não pertencer a ele”. Os céus são representados por um triângulo que desce e a terra por um trângulo que sobe. Essa harmonia forma a Estrela de Seis Pontas, a qual representa o chacra cardíaco. Corresponde também ao corpo mental.

5 O pão nosso de cada dia dai-nos hoje
Esse Pão é a energia curativa da Divindade que abastece a nossa bateria principal, que se localiza no chacra solar. Corresponde ao corpo astral.

6 Perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos ao quem nos tenha ofendido
Com essa Graça poderemos ter energia suficiente para os nossos karmas serem perdoados pelos Senhores da Justiça Divina. As ofensas verdadeiras correspondem, no mundo das energias, ao nosso chacra prostático/uterino. Corresponde ao Corpo etérico, ou corpo da saúde.

7 Mas livrai-nos, Senhor, de toda a ilusão e de todo o mal
Somente o nosso Pai Interno pode anular toda a energia negativa que tende a levar-nos à insconsciência e ao erro. Esse mal, energeticamente falando, corresponde ao nosso chacra básico, o qual é assento não somente da sagrada Kundalini, mas também, no seu aspecto negativo, ao Átomo do Inimigo Secreto.

Amém... Amém... Amém...
O Amém corresponde ao AOM oriental, e signifaca Eu Aceito, Faça-se, Cumpra-se, Realize-se. Ou, Que Assim Seja, Desejo que isso faça parte de mim.

Podemos fazer analogias entre o Pai-Nosso cristão e a oração da Abertura, do Alcorão islâmico. Esta oração islâmica compõe-se em sete partes e é uma invocação das graças do Todo-Poderoso, e também uma total entrega dos nossos destinos a Ele.

Surata da Abertura (Alcorão Sagrado)
“Em Nome de Deus
O Clemente, O Misericordioso
Louvado seja Deus, o senhor do Universo
O Clemente, O Misericordioso
Soberano do Dia do Juízo
Só a Ti adoramos, e só a Ti imploramos ajuda
Guia-nos à senda recta, à senda dos quais agraciastes,

Não a dos abomiados, nem a dos extraviados
Amém.”



Pai-Nosso em Aramaico
“Pai-Mãe, respiração da Vida,
Fonte do som, Acção sem palavras, Criador do Cosmos!
Faça a sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós para que possamos torná-la útil.
Ajude-nos a seguir o nosso caminho, respirando apenas o sentimento que emana do Senhor...
...O nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu, para que caminhemos como Reis e Rainhas com todas as outras criaturas.
Que o Seu e o nosso desejo sejam um só, em toda a Luz, assim como em todas as formas, em toda a existência individual, assim como em todas as comunidades...
...Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós, pois assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo. Não permita que a superficialidade e a aparência das coisas do mundo nos iluda, e nos liberte de tudo aquilo que impede o nosso crescimento...
...Não nos deixe ser tomados pelo esquecimento de que o Senhor é o Poder e a Glória do mundo, a Canção que se renova de tempos em tempos e que a tudo embelza.
Possa o Seu amor ser o solo onde crescem as nossas acções.
QUE ASSIM SEJA.”



Pai-Nosso em Latim
“Pater noster, Qui es in caelis,
Sanctificetur nomem tuum.
Adveniat regnum tuum.
Fiat voluntas tua
Sicut in caelo et in terra.

Panem nostrum quotidianum
Da nobis hodie.
Et dimitte nobis debita nostra
Sicut et nos dimittimus debitoribus nostri
Et ne nos inducas in tentationem
Sed libera nos a malo. Amém.”

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