sexta-feira, 17 de setembro de 2010


No estádio da alma pacificada, até a própria raiz da concepção do mal desapareceu. Mas não nos equivoquemos, não se trata de ser uma testemunha passiva do que se produz à nossa volta. A acção no mundo mantém-se:

“Aquele que de entre vós vê uma injustiça que a mude com as suas próprias mãos, se não puder, com boca, senão pelo coração, sendo isto o mínimo da fé!”

(In Khaled Bentounès, La Thérapie de l’âme)


Esta foi a frase da semana (Não vamos comentar o que é o "estádio de alma pacificada" Ficará para outra oportunidade posterior).

É um desafio, neste caso específico um hadîth corânico,  mas que é universal. Não disse Jesus: “Não venho trazer a paz, mas a espada”? Não é a guerra física que está em questão, mas antes a guerra com a nossa personna, as nossas máscaras que nos impedem a Acção, a Vontade e o Querer.

Só depois de travada esta guerra se pode atingir o estádio de alma pacificada, que não é testemunha passiva. É alguém interventivo, na acção de cada dia.

Quantas vezes nos enganamos e, para a nossa não-acção, justificamos pelo outro, pelo próximo, pela sociedade, pelas normas, pela nossa impossibilidade física, por....., são tantas as razões que nos damos. E quantas vezes – quase todas – esquecemos que a não-acção é também agir.

Alguém de entre “nós”, alguém do Caminho, escreveu no seu relatório de II Grau de Reiki: “ ... percebi que não tenho qualquer influência na Génese da Vida, que tenho apenas que agradecer ao Cosmos o privilégio de aqui estar.

A mim cabe a responsabilidade das minhas escolhas e, mais uma vez agradecer ao Cosmos a liberdade que me dá de as poder fazer. Continuar a agradecer-lhe por as poder mudar sempre que não me sinta feliz.

Percebi que depois desta tomada de consciência, que me responsabiliza intrinsecamente, todas as respostas às minhas questões estão em mim e são da minha inteira responsabilidade”.

Tudo está compreendido. Profundamente!

No ar a questão mais importante da responsabilização individual que tanta dificuldade temos em assumir.

“Não podes mudar o mundo, mas muda e tudo mudará à tua volta”.

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