quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sombra e Luz



Podemos ter a certeza de que, quando nesta vida queremos esconder qualquer coisa aos nossos irmãos, essa coisa, depois da morte, será a primeira que os nossos irmãos saberão. Não está dito que será preciso voltar a colocar na luz o que pusemos nas trevas para o subtrair à luz?
(21-11-1894)



Nunca devemos fazer o mal na sombra, devemos fazê-lo às claras; pois se fizermos o mal na sombra e um dia estivermos na luz, será necessário abandonar a luz para ir buscar o que foi posto na sombra.
(8-11-1894)


Se fizeres nas trevas uma acção qualquer que devia ser feita na luz, vai ser necessário ires buscar essa acção às trevas para a trazeres para a luz, pois tudo o que se faz na luz não pode ser trevas.
(22-11-1900)



Quando, depois de termos cometido uma falta, sentimos no interior de nós como um peso, um sentimento de mal-estar, de inquietude, isso é o espírito que procura a verdade ou melhor a luz que penetra nas trevas e, se houver resistência,  há sofrimento.

O remorso é um começo do conhecimento que o espírito tem daquilo que ele é.
 (Abril de 1897)



Citações de Philippe de Lyon, extraídas do livro Vida e Palavras

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Palavra da semana

(Mestre Lima de Freitas: O Caminho da Serpente)

Decidimos pôr pés a caminho e partir à descoberta das palavras. Decidimos começar pela palavra Caminho, que tão cara nos é.

São várias as definições que podemos encontrar nos dicionários para esta palavra, nomeadamente
-       faixa de terreno entre dois lugares;
-       o piso dessa mesma faixa;
-       distância percorrida ou a percorrer;
-       trajecto, percurso ou itinerário;
-       rumo ou direcção;
-       orientação;
-       meio para chegar a um fim;
-       opção de vida;
-       norma, critério ou princípio de conduta;
-       destino, fim

Uma palavra simples, de grande abrangência, envolvendo conceitos tão diferentes. Sendo uma faixa de terreno entre dois pontos de referência, esta definição vai implicar um local de partida – onde estamos – e um local de chegada – para onde vamos. Já é difícil a nossa localização no “Aqui e Agora”, como avaliar “onde vamos”? A resposta a esta última pergunta está intrinsecamente ligada à resposta que damos à primeira questão. Delineamos, sonhamos sempre a partir do que somos agora.

O piso da faixa, segunda definição para caminho, depende muito das escolhas que fazemos. Quantas vezes não optamos pelo Caminho que nos aparece mais fácil e aberto em detrimento da senda pedregosa e inicialmente difícil que se nos abre diante da visão?

A distância já percorrida no Tempo acopla-se à definição da distância a percorrer. Duas linhas aparentes – passado e futuro – que se juntam numa única, ininterrupta. A reflectir no significado profundo, nos conceitos às vezes esquecidos e encobertos que a nossa língua materna oferece. Fernando Pessoa tem razão quando se apaixona pelo nosso português.

Trajecto ou percurso que escolhemos no mapa da Vida, é mais uma das significações. O itinerário que desenhamos.

E porque há sempre um rumo numa viagem, caminho é também direcção. Direcção que está mais ou menos submetida a uma orientação...

Caminho é meio para um fim, é tornar consciente e consequentemente viável o fim a que nos propomos.

Opção de vida, diz o dicionário, assumindo que quando queremos, optamos no quotidiano por vias que nos levem nessa direcção. Então, afinal há escolha possível?! ....

Caminho vai significar também normas, critérios ou princípios de conduta... Conduz-nos para além das palavras, às vezes vãs e vazias, à acção, ao ser e não ao parecer.

E finalmente, Caminho é o destino, o fim a que nos propomos.

Poucos comentários há a acrescentar a uma palavra tão aparentemente simples, mas rica de significação, implicações e abertura.

Então, boa viagem pelos Caminhos que somos! 

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Recordações



10. Junho.2011

Algumas recordações de momentos bons....


A "malta do cafezinho....  para acordar os espíritos e despertar a camaradagem, um bom café que foi conquistado com esforço: longa caminhada!.... Valeu a pena!



Um joguinho para animar... Não se percebeu de que modalidade se tratava. Cremos ter sido inovação!



Um almoço bem divertido e guloso...


A sobremesa não podia faltar... eheheheh.....


Conversas sérias e calorosas....


Gestos ternurentos de felicidade partilhada. Pérolas maravilhosas de vida.




Timidez escondida de brincadeira em visita breve, mas boaaaaaaaaaaa.....


E mais um jogo. Ganhou o Senhor Pinheiro....


Brincadeira à mistura... (nem ao telemóvel se pode estar descansado..... Daahhh!... eheheheheh)


 E começa a soar a partida....


Bem-hajam!


Até ao próximo ano, não sabemos onde nem como,,, o importante é que estejamos a Caminho pela Montanha da Vida.


In Lux! 



domingo, 19 de junho de 2011

Sobre a linguagem


A forma de comunicação que utilizamos com mais frequência é a linguagem. As palavras são um dos nossos meios de tocar o outro. 
Abaixo deixamos um pequeno texto que, de uma forma simples, mas concreta, nos dá uma perspectiva não muito habitual da linguagem:



“Uma das razões da divergência entre a linha do saber e a linha do ser na nossa vida, noutros termos, a falta de compreensão - em parte a causa e, em parte, o efeito dessa divergência - está linguagem que as pessoas usam. Essa linguagem esta cheia de falsos conceitos, de falsas classificações e de falsas associações. E eis o pior: as características essenciais do pensar ordinário, a sua incerteza e imprecisão, fazem com que cada palavra possa ter milhares de significados diferentes, segundo a bagagem de que dispõe aquele que fala e o complexo de associações em jogo no próprio momento.  As pessoas não se dão conta de quão subjectiva é a sua linguagem e quão diferentes são as coisas que dizem, embora todas empreguem as mesmas palavras.  [...] As palavras que usam estão adaptadas às necessidades da vida prática. Podem trocar informações de carácter prático, mas logo que passam a um domínio um pouco mais complexo ficam perdidas e cessam de se compreenderem, embora não tenham consciência disso.
[...]
“Para uma compreensão exacta é necessária uma linguagem exacta. E o estudo dos sistemas do antigo conhecimento começa pelo estudo de uma linguagem que permitirá precisar imediatamente o que é dito, de que ponto de vista isso é dito e em relação a quê. Essa nova linguagem não contem, por assim dizer, termos novos e nomenclatura nova, mas a sua estrutura baseia-se num princípio novo: o princípio da relatividade. Em outros termos, introduz a relatividade em todos os conceitos e torna possível uma determinação precisa do ângulo do pensamento, pois o que mais falta na linguagem usual são termos que expressem a relatividade.
[...]
A propriedade fundamental dessa nova linguagem é que nela todas as ideias se concentram em torno de uma só ideia; noutros termos, são todas encaradas, nas suas relações mútuas, do ponto de vista de uma ideia única, a ideia de evolução. Não, naturalmente, no sentido de uma evolução mecânica, porque esta não existe, mas no sentido de uma evolução consciente e voluntária, que é a única possível.
Nada existe no mundo, desde o sistema solar ao homem e do homem ao átomo, que não se desenvolva ou não decaia. Mas nada evolui mecanicamente. Só a degeneração e a destruição decorrem mecanicamente. O que não pode evoluir conscientemente, degenera. O auxílio do exterior só é possível na medida em que for apreciado e aceite, mesmo que no início seja apenas pelo sentimento”.


Extractos da obra Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido
de P.D. Ouspensky (discípulo de G.I. Gurdjieff)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Dás-me um abraço?

(Sorolla)


Dás-me um abraço?
Sim, um abraço daqueles que apertam a alma, daqueles que fazem perder o fôlego e que me fazem expirar os males que habitam em mim.

Dás-me um abraço?
Sim, um abraço indicando que não estamos perdidos e que temos um porto onde o nosso barco pode sempre atracar.

Dás-me um abraço?
Sim, um abraço que me faça sentir acarinhado, que me faça expulsar a dor que reside em mim e que me faça sentir vivo.

Dás-me um abraço?
Sim, só um abraço…nada mais…somente um simples abraço!

Um abraço bem dado, com toda a sinceridade enche-nos de felicidade, acaba com qualquer insatisfação, aquece o nosso coração, dá-nos a certeza que alguém estará sempre ao nosso lado apoiando-nos e segurando na nossa mão para ultrapassarmos os obstáculos.

Um abraço sincero, verdadeiro, une afinidades, preenche-nos por inteiro.

Aproxima-te mais...tenta sentir o que um abraço é capaz.

Quando bem apertado, ele ampara tristezas, sustenta lágrimas, combate incertezas, põe a nostalgia de lado, é capaz de amenizar o medo se for cheio de ternura, ele guarda segredos e jura cumplicidade...
Um abraço amigo de verdade divide a alegria e se apraz em grandes alegrias.

Abraços são pequenas comemorações de fé, de força e energia...
Ganha-se um sorriso de carinho, vais descobrir que ninguém está sozinho e que a vida pode ser um eterno céu de primavera...

Dás-me um abraço? J

Tino

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Alma gémea


(Pintura: Garmash)


Nunca deixei de te amar…
Muitas vezes me perdi,
Para depois me encontrar,
Na luz do teu olhar!

Tu és um raio de sol
Que o meu ser despertou.
Melodia suave e doce,
Que a minha alma tocou.

Tu és rio de poemas
Correndo dentro de mim…
Flor, bela e mágica,
Que  guardo no meu jardim.


Não deixarei de te amar…
E, se de ti me perder,
Sei que te irei encontrar,
Na luz do meu olhar!


L.S.

domingo, 12 de junho de 2011

Adeus Tristeza...



Adeus tristeza!!!
Parte para bem longe de mim...
Quero de novo a beleza...
A beleza de um amor infindável!!!
Adeus tristeza... até nunca mais...
Quero apenas campos verdes,
Sem tempestades ou vendavais,
Para viver o que está ausente...
Para quê tristeza nesta vida,
Se existe tanto para sorrir??
Amor... doença bendita...
Quantas mil sensações nos faz sentir...
Por isso... Adeus tristeza!!
Não hesites em partir para bem longe...
Desculpa a minha franqueza,
Mas o amor é muito melhor do que tu...
No meu coração não existe espaço,
Para um sentimento tão solitário,
Quero alegria no meu sublime regaço...
No meu mundo fiel e imaginário...
Mas antes de partires... preciso dizer-te uma coisa...
Não vai existir mais tristeza no meu peito,
Somente a vontade de viver e amar,
Até ao dia em que os meus lábios deixarem de sorrir...
Adeus tristeza e não voltes mais...

Tino

sexta-feira, 10 de junho de 2011

10 de Junho 2011 - 8 anos de Caminho

(Fotografia: Mário Moreira)

Não é por acaso que o Caminho da Montanha nasceu neste dia.

 Há oito anos que caminhamos para o Desenvolvimento pessoal de cada um. Muitas foram as pedras no nosso caminho enquanto Centro, muitos os atritos a ultrapassar pois trabalhamos a matéria-prima mais difícil: a humana.

Muitos medos se geraram naqueles que, entrando e dando os primeiros passos, se assustaram e recuaram, pois o caminho é duro. A Montanha é alta, a perseverança, a Luz e Vontade têm de ser companheiras. 

De forma nenhuma nos consideramos donos da Verdade, pois não há uma só Verdade: somos portadores, cada um de nós, da sua própria verdade, do seu próprio caminho. A missão d'O Caminho da Montanha é sermos apenas um ponto de abrigo, de serenidade e paz onde guerreiros de Amor se dão, em busca de Si através do dom aos outros.

Muitas são as histórias de vida, dramas ou alegrias que pela pequena porta branca entraram. Muitas lágrimas já foram choradas, muito desespero aqui passou, mas também quantos sorrisos, quanta esperança não foi semeada nos corações, quanta vida...

Bem-hajam Guerreiros da Luz! Bem-hajam por terem a Força, a Coragem e a Ousadia de Serem. 

Bem-hajam por serem Rosas a desabrochar no Jardim da Vida. Cada uma diferente de todas as outras, mas igualmente amada e apreciada. Cada uma especial e única, e que no Todo fazem o mais belo Jardim.


O dia 10 de Junho é também, segundo terminologia de Camões, o dia da Raça. Somos exemplo e demanda desta Raça que se instalou na cabeça da Europa, num reino agora pequenino em território, mas Grande, a que se chamou Portugal. 

Não buscamos o Portugal político e polémico dos homens da torrente, mas antes o Porto do Graal, cálice de Vida, Elixir Crístico. 

Sim, nascemos a 10 de Junho, numa sala pequena, modesta - muito modesta - desértica quase, desconhecidos e depois apelidados de mil nomes, pois éramos Descobrimento e os Velhos do Restelo são actuais.  

Hoje continuamos pequenos e modestos no espaço, grandes na Alma e gigantes do sonhar. 

Não sabemos o que este novo ciclo nos reserva. Confiamos na Vida, na Luz e no Amor.

A todos os nossos "Pestinhas" um grande bem-hajam!

Como sempre,

Jinhos fofinhos



quarta-feira, 8 de junho de 2011

Minha Borda, Meu Xaile
















Um dia cheguei…
Sentei-me, vi e senti…
Gostei!..
No canto que me dá paz,
Onde chorei as amarguras…
E tive fugida fugaz…
Disse e ouvi vozes duras,
Que ajudaram a construir,
A moradia que cada um tem…
Oh! Vida que nos alegras,
Com recantos a florir…
Cuida sempre da minha borda,
Porque um dia eu vou fugir…
Cuida dela e de todos,
Aconchega e faz sentir
Que esta borda a todos quer dar,
O prazer de descobrir
A verdade do Amar…
O prazer de sentir
O Amor a desabrochar…
Oh! Bordinha que tanto me deste,
Hoje estás grande e florida…
Em meu coração ontem puseste,
A certeza de em ti haver Vida…
Estás cheia e encantadora…
És terra fértil e habitada,
Contigo sou sonhadora!
Sonho com tudo e com nada…
Sou uma simples caminhante…
Mas por ti apaixonada.
Para ti serei visitante,
Te regarei com meu amor…
Que tua relva permaneça verdejante,
Tuas arvores o grande tocador,
Do som que aos ouvidos chega
Quando o vento é o trovador…
De ti ainda vislumbro,
O xaile que me protege…
Ao fundo é Luz que ilumina,
Qualquer dia que anoitece…
Seu espaço é pequeno,
Mas de forte imensidão…
Delícia e abriga,
Os que choram de coração…
Seu silêncio é como um baile,
Onde tudo rodopia…
É com seu invisível xaile,
Que se sente o manto da Alegria…
Olho para trás e vejo,
A união a crescer…
O brilho e o desejo…
De um novo renascer.
Oh! Minha borda, meu xaile…
Neste meu caminho andante…
Continuarei a ser…
Uma aprendiza viajante…

Com Amor

03 de Junho de 2011

Elisabete Teixeira.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Actividades em Julho 2011

(Pintura de Cunha Rocha)


2 de Julho
      15:00 – Meditação e Técnicas
-   Desenvolvimento do Tema: “Não há razões para existirem ressentimentos”.
     Autor: Carlos Manuel



9 de Julho
          -  15:00 - 4º Atelier de Artesanato animado por Elisa Fontes
                         -   Pregadeiras

            Material necessário:
1 - Flores com a técnica de fuxico:

- Trapos coloridos
- Agulha
- Tesoura
- Alfinete de dama ( pequeno ou médio)
( os moldes podem ser copos ou prátos de plástico!!!!)
 
2- Rosas em croche:

- 1 ou mais novelos coloridos de lã acrilica (espessura média)
- Agulha de croché (entre o n.º 2,5 e a número 3)
- Agulha de coser lã
- Tesoura


23 de Julho

-  Fecho das Actividades do Ano
                -  Peregrinação  a Tomar acompanhada pelo Dr. Jorge de Matos
(Inscrições já abertas)




Actividade permanente:
                                 Hatha Yoga – 2ª e 4ª às 19:00

Actividades em Junho 2011


Este é um mês bem diferente e importante para o Caminho da Montanha por variadas razões. Não haverá "mapa" de actividades.

Fazemos 8 anos a 10 de Junho (dia de Portugal, da Raça segundo Camões). Para este dia estava prevista uma Exposição de pintura que, por vários motivos, foi adiada para o mês de Setembro. As condições serão outras.

Consequentemente a nossa festinha será diferente, bem entre nós, em convívio saudável e bem disposto. Que ambiente melhor senão o da Mãe Natureza? Vamos fazer um picnic. Encontro às 10h no Centro. 

O Centro vai encerrar por uma semana, de 20 a 25 de Junho. Motivo: obras.

Esta é uma prenda que o Centro solicitava há uns tempos. O tecto da nossa Sala de Reiki pedia melhoria, pois sentiam-se já os efeitos das infiltrações antigas. Assim, vamos colocar um novo. Os trabalhos demorarão cerca de uma semana.

As nossas Actividades habituais recomeçarão em Julho.

Para encerramento do ano, a pedido de alguns de nós, faremos uma segunda edição da peregrinação a Tomar, acompanhada pelo Dr. Jorge de Matos.


As inscrições já estão abertas, no Centro.

Que a Luz se faça!




quinta-feira, 2 de junho de 2011

10 de Junho


Mais um 10 de Junho que se aproxima.

Mais um aniversário que o Caminho da Montanha festeja!

Desta vez será em nome da arte que a festa se realiza. Assim, estamos a preparar a viagem até Lisboa, onde almoçaremos. Convidado: Dr. Jorge de Matos.

Bem alimentados de boa disposição e convívio rumaremos até ao local de Exposição para  a abertura “oficial”.

Como é habitual o Tino e o Quim estão a elaborar o plano de viagem: autocarro.

É urgente (perdoem a falta de tempo) sabermos quantas pessoas irão de autocarro, para que se possa avaliar o preço da viagem. Podem inscrever-se:

por email, no Centro (onde há uma ficha de inscrição), ou por telefone ao Tino, à Clara, Ana Luís, Quim ou ao telemóvel do Centro (919 929 999).

As inscrições deverão fechar na 2ª feira.

Um beijinho fofinho a todos