terça-feira, 30 de agosto de 2011

Piscar de Olhos ao Tarot




Em 24 de Setembro daremos início a um Programa de abordagem ao Tarot. As preciosas Lâminas adquiriram ao longo do tempo uma aura de adivinhação conectada, na maioria dos casos, à feitiçaria e bruxaria. Acreditamos que é difícil desmistificar esta ligação - nem é esse o nosso propósito fundamental - mas tentaremos clarificar zonas ricas de Conhecimento inerentes aos Grandes Arcanos. 

Procuramos uma iniciação à meditação sobre cada Arcano do Tarot baseada numa análise detalhada das Lâminas.

As aulas suceder-se-ão, tendo como objectivo o estudo de 2 Lâminas por aula. Será feita uma abordagem comparativa a Três Tarots diferentes: Egípcio, Marselha e Boémio.

Em cada Lâmina será destacado: as Cores, Elementos, Letras, Números, Correspondências.

Este curso será abordado essencialmente do ponto de vista iniciático, pelo que o aspecto divinatório terá um tratamento secundário. Não queremos com isto dizer que desdenhamos das tiragens, mas somente que salientaremos o aspecto original e principal deste Caminho.

Em consequência, os métodos de tiragens apenas serão aflorados na(s) última(s) aula(s). Em contrapartida na primeira aula, acrescentamos ao estudo dos dois primeiros Arcanos, uma viagem pelas possíveis origens do Tarot.

Apenas serão apresentados os Arcanos Maiores.

O curso tem a duração de 12 meses, ao ritmo de uma aula por mês.

Alice Marques

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

(Mestre Lima de Freitas) 


Nessa manhã as garças não voaram
E dos confins da luz um deus chamou.
Docemente teus cílios se fecharam
Sobre o olhar onde tudo começou.

A terra uivou. Todas as cores mudaram
O mar emudeceu. O ar parou.
Escuros véus de pranto o sol taparam.
De azáleas lívidas a ilha se cercou.

A que pélago o esquife te levava?
Não ao termo. A não chorar os mortos.
Teu sumo espiritual florido ensina.

E se o mundo em ti principiava,
No teu mistério entre astros absortos,
Suavemente, ó mãe, tudo termina.


Peregrinos da Estrela Flamejante!
amável é o Sol da Noite
que ilumina o caminho
para o Castelo das Almas.


Natália Correia

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Actividades em Setembro 2011




1 de Setembro
      Início das Actividades (excepto Yoga).

10 de Setembro
          -  15:00 – Abertura da Exposição de Pintura no Museu de Santa Maria de Lamas

17 de Setembro
- 15:00 - 5º Atelier de Artesanato animado por Elisa Fontes
Pintura em Madeira

24 de Setembro
- 14:30 – I Aula do Curso de Iniciação ao Tarot


14 de Setembro – 19:00:  Primeira Aula de Hatha Yoga 


Actividade permanente:
Hatha Yoga – 2ª e 4ª às 19:00


sábado, 20 de agosto de 2011

Abraços



Certo dia aprendi que todos nós precisamos de 12 abraços sinceros para nos sentirmos plenamente nutridos de afecto todos os dias. Mas é evidente que a cada dia que passa as pessoas abraçam-se cada vez menos, o contacto físico entre as pessoas tornou-se coisa rara. Todos estão muito ocupados com os seus afazeres, as suas preocupações, na maioria das vezes, preocupações com coisas tão efémeras... tão egoístas....
Ah! Como é bom abraçar e ser abraçado! Um abraço sincero, apertado, demorado, cheio de ternura e carinho... transborda paz.
Um abraço assim, faz-nos esquecer a tristeza... o cansaço... a dor da alma... e até a dor do corpo... restaura... faz-nos sentir queridos... traz-nos paz e tranquilidade.
Um abraço assim preenche todos os vazios da nossa vida, devolve-nos o brilho nos olhos e o sorriso nos lábios... fortalece-nos o espírito.
Um abraço assim livra-nos da insegurança... do medo... eleva-nos a auto-estima... sentimo-nos até mais belos. Pode iluminar o nosso dia... a nossa noite... o calor humano de um abraço pode salvar vidas.
Um abraço fraterno... um abraço amigo.
Envio-vos aqui um abraço... sincero... fraterno... amigo... de coração. Sentei-o com muita pureza... com muita alegria, porque com certeza já não o vou poder dar hoje.
Agora só faltam onze abraços, não percais uma boa oportunidade para um gostoso abraço, e, se a oportunidade não aparecer, inventai-a... J.
Sejam felizes hoje e sempre.

Tino

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Em busca da elevação espiritual



A humanidade sempre tentou compreender a essência de Deus: ergueu os seus altares, os seus templos, como se fossem “escadas simbólicas” ou portais, na esperança de aceder ao divino.  Apesar das diferenças de culto, todos procuramos a “água” que sacia a sede da nossa alma – a elevação espiritual!

Hoje, proliferam diversas religiões e credos, e cada uma, convencida de ser única e verdadeira: Muitas vezes, escolhemos a nossa por tradição familiar, ou cultural, praticando os seus rituais sem a vivência profunda e autêntica da verdadeira espiritualidade.

Quando a Religião , amedronta, e manipula a alma do discípulo que a segue, limita a sua capacidade na procura da seu verdadeiro Eu – na sua transcendência!

Tomando a liberdade de citar o Teólogo Padre Anselmo Borges, na entrevista publicada na Revista Pública: “ … Jesus veio anunciar um Deus de amor, não precisa de sacrifícios, mas sim de misericórdia. Enfrentando os Sacerdotes do Templo foi considerado subversivo, e isso, foi uma das causas da sua morte. Jesus veio falar de um Deus de amor, que quer que todos os homens e mulheres se amem, que haja justiça e fraternidade no mundo.”

O primeiro “templo” está dentro de nós. Através da prática atenta, da meditação, da Oração consciente, poderemos encontrar o caminho da nossa busca interna e externa.

Em nome da Religião, cometeram-se (e ainda se cometem) grandes atrocidades. Não podemos ignorar, mas sim, contribuir para que elas diminuam.

É religiosa a pessoa que se rege por princípios de humildade, tolerância, compaixão, e amor por todos os seres, e respeito pela Natureza.

Podemos sentir a centelha divina em qualquer lugar. Se estivermos preparados para a receber, aprenderemos a abrir as asas da alma e …voar!


 Linda S.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Porquê?....



Creio que posso dizer que todos nós, num momento ou noutro, já passámos por situações em que temos noção de que aquilo que nos é dito não corresponde inteiramente à verdade, que há intenções simuladas. Porquê?

Quantas vezes, em grupo, assistimos a cenas (verdadeiras cenas de teatro), que depois nos são comentadas em privado por cada um dos intervenientes. O que nos é transmitido em particular não corresponde ao que foi dito em grupo, as opiniões quase são contrárias. Porquê?

Já vi alguém estender a mão ao outro, quase chorar com ele e posteriormente fazer comentários duros e de quase desprezo. Porquê?

E aquelas propostas que são feitas para que acedamos a certas solicitações que mais tarde nos serão prejudiciais, falinhas mansas e doces que nos cantam ao ouvido. Porquê?

E aqueles jogos de poder, simulados, aquelas armadilhas que nos armam no caminho por palavras, situações ou não ditos, em que tropeçamos tantas vezes? Porquê?

Já ouvi palavras de apreço, de concordância, até mesmo incentivos, mas negadas por olhares fugidios, corações fechados, acções furtivas, ou então palavras murmuradas, escondidas, escuras na sombra do não dito. Porquê?

Não sei!

Como gostaria que cada momento fosse o que é, reflexo do que somos, pensamos, estamos. Somos espelhos de Vida que o mundo reflete.

Não sei os porquês. Talvez tudo fosse mais fácil, mais claro e luminoso se cada um deixasse de agir como personagem num jogo inventado pelo momento - em que a vitória é um estado de alma de alegria curta e triunfo vão, terminando num vazio dorido e magoado de quem não sabe porque é, porque vive, porque age assim....

Não sei porquê. Sou filha do Tempo. Apesar do que vivi, procuro o porquê. Sei que não me é exterior. É tão profunda a caverna que acolhe o meu Ser, tão tortuosos os Seus caminhos, tão agitado o sono que durmo.

Não sei porquê. Procuro o lago sereno do que Sou, fora do teatro em que estou a ser vivida. Não importa os ciclos de Vida, os actores ou o jogo do momento... apenas importa a Demanda, apenas a Rosa, apenas o Amor.

Não sei como...

Apenas não sei!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Se...


Se por acaso estiveres triste e amargurado, sem motivo aparente para assim te sentires, pensa nos que realmente têm motivos para estarem tristes, e agradece.

Se estiveres entediado, agradece e faz alguma coisa útil, ocupa a tua mente, não a deixes livre para abrigar pensamentos sombrios que, certamente, constituem assédio de espíritos que querem o teu mal. Faz algo, trabalha, lê, visita alguém, sai de casa. Não fiques ruminando esses pensamentos.

Se por acaso tens saúde, consegues andar, ver, falar, pensar, e, mesmo assim estiveres insatisfeito coma tua vida, sentindo-te injustiçado por não teres o que desejas, pensa naqueles que têm dificuldades muito maiores do que as tuas, e agradece. Pensa nos deficientes motores e mentais, nas mães que perdem os filhos, nos filhos que perdem as mães, nos que foram atingidos por grandes catástrofes e perderam tudo o que tinham, e não sabem como recomeçar.

Se não gostas da tua casa, desse tecto que te abriga e aquece, pensa naqueles que dormem na rua, ao frio, no desalento, e agradece.

Se não gostas do teu trabalho, se o achas maçante, insignificante, mal remunerado, se o teu chefe te persegue ou não te trata como deveria, pensa que, neste momento, multidões estão sem emprego, sem perspectiva de receber um salário que lhe dê subsistência e, provavelmente, precisarão da caridade alheia para sobreviver, e agradece.

Se não gostas do que comes, se pensas em coisas que melhor agradariam ao paladar, pensa nos que, neste momento, anseiam por um simples pedaço de pão com que matar a fome, e agradece.

Ao contrário, se te sentes muito bem, abençoado e agradecido por tudo o que Deus te tem proporcionado, mesmo que no momento te pareça mal, se te colocas em Seus braços amorosos, confiante de que Ele sempre te dá o que é justo e necessário ao teu progresso, se procuras ajudar, dentro das tuas possibilidades, os que estão em piores condições do que tu, agradece, pois começas a vencer o egoísmo, a pensar no próximo e a percorrer o caminho que leva à evolução espirítual.


Tino

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Sentido da vida



O Homem é o único ser na Terra que vive com a sensação que está ligado a “algo mais além”, que a vida não se esgota no que apenas agora está a viver.

É essa sensação, que o mesmo Homem luta por definir, que escreve livros sem fim, que cria Deuses e tenta interpretá-los. A tudo isto, dá o nome de vida espiritual. Ele não a sabe explicar, mas sente, e sente também esse elo que O liga a algo dando-lhe continuidade, fazendo-o sentir peça de uma grande engrenagem que não termina no fim da sua vida terrena.

Sente-o qualquer ser humano que o queira sentir. Deixando-se ser guiado pelo seu sentir de sentidos. Quando sintonizado com o cosmos mais profundo, o Homem conclui que o Universo holístico é o seu vizinho, e com todos os outros seres, é Um! Esta procura é sem dúvida a sua principal motivação, mesmo que de forma indirecta e, quando entendida, a sua vida nunca mais será a mesma.

Jovens e menos jovens, todo o Homem, em determinada altura, se interroga sobre como dar sentido à sua vida. Nada tem de religião, de crença em um Deus ou mesmo em crença nenhuma, apenas são questões espontâneas. Qual o sentido da minha vida? O que significa o meu trabalho? Porque luto para me manter vivo? Porque um dia tenho de morrer (partir)? Porque me empenho em determinadas coisas que não consigo impedir?

Mais ou menos intensamente, todo o ser humano termina um dia pensando nestas questões que lhe são fundamentais. As respostas são variadíssimas e não é nas respostas que se encontrará a solução, mas sim no simples facto de se questionar. Com o tempo, entenderão que tudo passa por factores não racionais nem emocionais. Nunca o racional responderá a estas questões, sendo esse o primeiro passo resolvido.

O facto de se questionar leva-o a uma subida natural no patamar do seu desenvolvimento. Neste contexto, o desenvolvimento é não racional, não emocional mas sim espiritual. A sede de respostas está directamente ligada ao nível de desorientação a que a sociedade se encontra. Hoje tem-se a família em colapso, a comunidade em colapso, as religiões tradicionais em colapso. A perda ou mesmo ausência de heróis de referência que orientavam os jovens em valores morais, éticos e sociais, deixaram de existir e sem esses rumos, essas balizas ou regras, estão sem forma clara de crescer, sem visão clara de responsabilidade, de hierarquia ou mesmo perto de um grande colapso, um colapso global. Apenas vão aparecendo, em nascimento e quedas rápidos, alguns heróis de futebol sem qualquer valor espiritual, sem longevidade ou consistência. Perdeu-se o rumo que guiava ao “Estado de Graça”. E é sempre neste contexto que as novas sociedades surgem. Para quem nasceu nos anos quarenta ou cinquenta não conseguirá, por incapacidade ontológica, pensar como será esse futuro. Quais serão as suas questões? Que perguntas farão para dentro de si? Como construirão na sua mente a estrutura racional do novo modelo de sociedade.

Hoje a sociedade tem os seus lares cheios de inutensílios, está apinhada desse lixo e facilmente se conclui que a sociedade é, genericamente falando, espiritualmente estúpida ou seja, está sem valores fundamentais, apenas agarrada às ambições materiais, está desligada da simbologia do mundo que a rodeia, desligada das razões que a move, de link interrompido com os seus sentidos espirituais, vive alimentada de paradigmas num ambiente em que só o imediato e o visível são factor.

O Homem está cego de sentidos, perdeu a energia colectiva que O levava a convergir para o ponto fundamental. O Amor ao próximo.

Como alternativa, escolhe-se frequentemente actividades na periferia da honra, distorcida de valores como o materialismo, o sexo promíscuo, a rebeldia inútil, a violência por rodízio, o uso de drogas ou até mesmo o ocultismo. Doenças por falta de sentido surgem abundantes entre todos e apenas se tenta curar as dores do imediato.

Hoje, sentem-se impotentes quando as suas fronteiras são violadas, mas quando essas fronteiras deixam de existir, sentem grande desorientação! A sua existência perde todo o sentido e ficam incapazes de lidar com ela.

Gandhi, Madre Teresa, Nelson Mandela, histórias com elevado valor moral como o Pinóquio, o Soldadinho de Chumbo, a Bela e o Monstro, já não mais são referência, tão pouco vale a pena rogar para que sejam restaurados, pois as mentalidades não estariam adaptadas a eles, são necessários outros mais actualizados e que consigam transmitir Valores de forma que a riqueza da alma humana consiga encontrar o seu espaço na sociedade civil.

É hora de mudança, discursos como estes já saturam os nossos jornais e internet, acção precisa-se há que dar início à verdadeira revolução, a rotura do modelo da sociedade que agora está terminando, é necessário começar, não com golpes de estado mas com golpe de globo.

“É preciso ter caos para dar vida à estrela dançante. Digo-vos, tendes caos em vós?” – Nietzsche em “Assim Falava Zaratustra”.

José Cavalheiro Homem

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Certezas


Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…


Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante para mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que o meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampado no meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar das minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obtenha êxito e seja plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiar de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena.


Mário Quintana

(enviado por M. João G.)