Para
quem gostar de se encharcar de água, relaxar um pouco o corpo e deixar voar o
espírito, estas terras podem ser uma boa opção. Já assim pensava Miguel Torga,
onde se inspirou nestas belas paisagens.
Estou
a ler um livro do Padre Marcelo Rossi, chamado “Ágape” e uma passagem chamou-me
à atenção, sobretudo por estarmos no mês de Maio e após o apoio que foi dado
aos peregrinos de Amarante, rumo a Fátima, esse local tão especial, tão místico…
Por
isso compartilho estas reflexões com os Caminheiros da Montanha.
O
tema refere-se às “Bodas de Caná”, onde Jesus realizou o seu primeiro milagre.
Era um casamento para o qual Maria, Jesus e os seus discípulos foram
convidados. A meio do banquete Maria apercebeu-se que o vinho tinha acabado. E
disse-o a Jesus. Mas Este respondeu-lhe que eles não tinham nada a ver com
isso. Todavia, Maria não desiste e diz aos serventes para fazerem tudo o que
ELE lhes dissesse.
“A
mensagem desse texto é muito simples. Maria é a mãe cuidadosa, zelosa, que se
preocupa com os problemas de seus filhos. Aquele casal de Caná representa a
humanidade. Falta vinho em um casamento e Maria está ali para compreender a angústia
e para solucionar o problema. Ela não
é Deus, não é deusa, não tem o poder de trazer vida ao que falta, mas é a mãe
do Filho de Deus, é a intercessora junto ao Mediador. O vinho é apenas
uma metáfora do que “falta”. Maria sabe o que nos falta. E intercede por nós”.
Ernesto Henriques
1 comentário:
Olá! Há muito tempo que não escrevia! Os textos do Ernesto têm uma linha bastante própria, por vezes agradando menos a algumas formas de pensar. Mas o blog está aberto....
Creio que no mundo cristão as "Bodas de Canaa" são por demais conhecidas. O seu simbolismo profundo talvez menos.
Não vamos falar deste simbolismo, que daria mais do que um comentário, mas não posso deixar de comentar a frase sublinhada, afirmando que Maria "...não é deusa...mãe do Filho de Deus".
Interessante como este texto foca esta temática depois do Hinário, em que é celebrada a Deusa. Deusa, pode traduzir-se por Maria (cristãos), Maia (Budistas), Ísis (Egipto), Dana (Celtas)e por aí fora. É o simbolismo da Grande Mãe, a mãe de todas as coisas, mesmo do Filho de Deus. E se reflectirmos nesta frase, repetida na oração cristã da Avé-Maria, onde se afirma que Maria é a Mãe de Deus?
O que quer isto dizer?
Bem-haja!
Jinho fofinho
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