terça-feira, 6 de novembro de 2012

As três peneiras



Olavo foi transferido de projecto, logo no primeiro dia, para reunir com o novo chefe. Saiu-se com esta:
- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...
Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o chefe, interrogou:
- Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras, chefe?
- A primeira, Olavo, é a da VERDADE. Tem certeza de que esse facto é absolutamente verdadeiro?
- Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei, foi o que me contaram. Mas eu acho que...

E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe:
- Então a sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que me vai contar, gostaria que os outros também dissessem a respeito de si?
- Claro que não! Deus me livre, chefe - diz Olavo, assustado.
- Então, - continua o chefe – a sua história vazou a segunda peneira.

- Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE. Acha mesmo necessário contar-me esse facto ou mesmo passá-lo adiante?
- Não, chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar - diz Olavo, surpreendido.
- Pois é, Olavo, já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? diz o chefe e continua:
- Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo destas três peneiras: VERDADE - BONDADE - NECESSIDADE, antes de obedecer ao impulso de o passar adiante, porque:

PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDEIAS, PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS, PESSOAS MEDÍOCRES FALAM SOBRE PESSOAS.

(Enviado por Sara Dias)

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