Hoje
em dia, não sabemos quem somos, qual a nossa missão na vida, que caminho tomar.
Vivemos em comparação constante com o outro, não nos valorizando pessoalmente.
Aderimos a todas as correntes, modas, seitas, conceitos e acabamos por ficar
vazios. Não conseguimos gostar de nós, nem da nossa família, nem de nada.
Encaramos o dinheiro como a felicidade total, mas não é bem assim. Apenas nos
dá algum conforto material. Há pessoas que tem tudo e não têm absolutamente
nada. Perdemos o respeito por nós próprios, gostamos de possuir o outro como se
fosse nossa propriedade. Acabamos numa solidão profunda.
Cada
um de nós tem uma centelha divina, mas nem todos conseguimos sentir ou achar
que a temos. Já reparam o modo como interagimos uns com os outros. O “Ter”,
hoje, é muito mais importante do que o “Ser”. A imagem é algo que cria o
primeiro impacto, a primeira impressão. Mas nem todos correspondemos a essa
imagem. E então não conseguimos dar-nos valor, criamos complexos e ideais que não
têm a ver connosco. São criados
pela sociedade, pelos nossos pais, família, etc.
Tornamo-nos
violentos, agressivos e passamos isso para fora de nós. Somos o nosso pior
inimigo e raramente valorizamos o que somos. Achamos que o outro é sempre
melhor. Ao tratarmo-nos mal, tratamos mal o nosso semelhante. Andamos sempre em
guerra por coisas banais. Os países lutam por soberania, poder, petróleo, etc. E
aqueles que são elo mais fraco, acabam por sofrer as consequências. A
frustração, o ódio, o sentir-se superior, o egoísmo (em especial) faz com que
este mundo esteja num caos total.
Hoje
os jovens que viveram de uma forma desafogada, é a chamada “geração à rasca”. Especialmente
para eles, os anos que temos pela frente vão ser muito difíceis e vamos ter que
lidar com imensas dificuldades. Devido às mudanças a nível mundial, em vários
aspectos, vamos começando a aperceber-nos que temos de mudar primeiro
internamente e só depois, passá-lo cá para fora. Felizmente que há muitos
centros de Yoga, Reiki, e de outras técnicas orientais, que acolhem todos quantos
melhorar a sua vida. São lugares de convívio e especialmente e entreajuda e de
crescimento pessoal e espiritual.
É
preciso ver que somos seres que somos únicos, irrepetíveis e que temos a
capacidade de aprender ao longo da vida pelas experiências que vivemos. No
entanto, temos muitas falhas, cometemos muitos erros e a maior parte das vezes
não aprendemos nada. Quando nos vemos ao espelho, não gostamos do que vemos (e
a maioria não o faz de maneira consciente) é de um modo fugidio. Não “ nos vemos
com olhos de ver” o nosso rosto, aquilo que ele nos diz, ou então não queremos
saber disso.
Hoje
os valores (honestidade, seriedade….) são outros, e hoje “ser bom” é ser burro.
Para a sociedade em geral, devemos ser falsos, amigos de quem tem fama,
dinheiro, belos carros, viver no mundo da ilusão, etc. Como sabemos hoje a
maioria das pessoas vive com muitas dificuldades a nível emocional, financeiro,
familiar. Quando ao plano espiritual, a nossa evolução vai de mal a pior. Andamos
perdidos sem saber para onde ir.
Mary Rosas
5 comentários:
Um texto bem "duro", retrato de grande parte da sociedade que nos acotovela.
Todavia, o meu coração sente tanbém ventos de mudança: é a procura de respostas às perguntas mais íntimas e subtis para as quais as instituições instaladas não conseguem responder.
Acredito nos jovens, sementes do amanhã. Somos nós os tratadores desta sementeira. A nós cabe a RESPONSABILIDADE do exemplo.
Sim, a sociedade está decadente. Msd quem somos nós, senão PARTE INTEGRANTE dessa mesma soceidade?
Se estamos despertos perante outras realidades, então ousemos ser o que somos, sem cerimónias faustosas, grandes gestos ou discursos. Sejamos apenas.
Beijo docinho Mary pela coragem!
O texto é, de facto, “duro” e reflecte muito da sociedade actual.
Mas a ESPERANÇA é a última coisa a morrer. Em todos os tempos houve problemas e conflitos e, nem por isso, o Mundo deixou de evoluir e crescer. Tenhamos fé!
Apenas 2 reparos:
Não digas mal dos burros, que a Mestre Reiki, Alice, não gosta. E tem razão…
Apesar de tudo, não sejas tão pessimista. É preciso ter um pouco de confiança nos humanos, embora às vezes custe muito…
Após diálogo e releitura do comentário que fiz acima, gostaria de clarificar algo. Quando utilizo o termo "duro" não é uma crítica, mas sim a coragem que a Mary teve ao exprimir a cruel realidade do momento. Talvez o termo mais correcto e que deveria ter utilizado seja "real".
Volto a dizer que penso que este texto é actual e exige a nossa reação ao momento que vivemos.
Beijo docinho à nossa Mary!
Muito obrigada pelo teu comentário. Apenas escrevo aquilo que me vai na alma.
Um beijo grande para ti
Mary
Olá meu amor!Que força no sentir,no ver e viver!Parabéns pela forma verdadeira como foi exposta esta realidade tão cruel.Sabes,fico feliz por existir o outro lado,aquele que valemos pelo que somos e não pelo que temos,este sim.É por aqui que a semente tem que germinar,o solo é agreste mas não invencível.Acredito plenamente no ditado "Água mole em pedra dura,tanto dá até que fura"É um trabalho árduo mas gratificante.É AMOR!
Para ti, aquele abraço que atravessa continentes!!
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