terça-feira, 23 de novembro de 2010

A ti....

(Foto: Rarinda)

Geraste a carne da minha carne
Guardei de ti as heranças de linhagem
O saber dar sem nada pedir.
Pensar no outro antes de ti
Olhar o menino e sorrir de amor.
Na alma ficou a luz que foste e és.
Essa que não parte,
que não abandona a memória que sou.
Fui parte de ti,
Um bem-haja aos Céus
Pelo dom que me deu!
Compreendi o teu sofrer,
Que não exprimi.
E sei que compreendes
As lágrimas que correm em sorrisos,
A saudade feita gestos de ternura,
A ausência nunca distante
No coração amante e amado.
A ti que foste,
Que és,
Um até já
No mar de azul e dourado de Infinito,
Uma oração ao vento e à Lua
Mãe e manhã
Num renascer constante
No Amor e na Luz.


6 comentários:

Anónimo disse...

É simplesmente maravilhoso.
Maravilhoso pela escrita, pelo sentido e sentimento que transmite.
Deixas transparecer e transbordar o Amor que recebeste... Assim também o dás, e como dizes,aprendeste "a dar sem nada pedir"...
A Ti e a Ti Alice, pelas Duas,um agradecimento a Deus pela vossa existencia e passagem na terra...
Um sorriso de Amor.

Ana Luís disse...

Estou sem palavras depois deste poema.
Congratular-te seria de uma enorme futilidade da minha parte. Resta-me recorrer ao silêncio, ao silêncio do sentimento, na esperança que tudo seja dito.
Deixo,tal como a Beta, um agradecimento a Deus pela vossa existência.
Bem-hajam.

Anónimo disse...

Este poema é um dos mais belos poemas à Mãe, que já li. Todos os filhos consideram as suas mães as melhores do mundo. Mas eu conheci a tua, e sei a mãe e mulher maravilhosa que era...serena e compreensiva. Lembro-me muitas vezes do seu olhar luminoso, da sua voz doce e do seu sorriso terno. De poucas palavras, revelava
sabedoria quando falava... Da gentileza com que me recebia, nunca
me esquecerei. Sei que tinha, e tem, muito orgulho em ti e na missão que escolheste.
Este poema contém a beleza do sentir do coração...ao céu chegará!


Beijo docinho

Eu disse...

Sem palavras Querida Alice, agradeço o que fez por mim e sei que foi apenas um cheirinho de tudo o que tem para me dar... bjs

Ernesto disse...

Tinha jurado a mim mesmo nunca mais comentar um poema.
Mas, hoje mesmo, num hospital, ao reler o belo cântico da Alice, decidi abrir uma excepção e transmitir uma ou duas bacoradas. Fruto de doença e demência… Por isso devo ser perdoado.
“As lágrimas que correm em sorrisos”
Lágrimas de amor, de felicidade e, também, porquê negá-lo, de muita saudade!
É como uma espada de dois gumes a penetrar no corpo e atingir o coração. Não para ferir, nem para matar, mas para eternizar o amor filial, para selar a relação indelével, para provocar um êxtase inenarrável.
Amor de mãe…inexplicável!

Unknown disse...

É eternamente eterno,Mãe!É a luz que jamais se apagará,ilumina diáriamente e aquece o coração!Esteja onde estiver é orgulhosa de ti.Tudo o que te foi dado foi semeado em terra fértil, por isso hoje és um ser maravilhoso,único!A nostalgia da saudade vai-se transformando cada vez mais em luz até que um dia chegarás á estrela do cume da montanha.Que Deus te abençoe querida Alice!