(Salvador Dali) |
1 - Não raro nos
confrontamos com situações que nos merecem uma tomada de posição. Quem nunca
passou por isso? Estamos preparados para assumir as consequências que advierem
da acção tomada?
Olhando à nossa
volta damos conta de que nem sempre o resultado é o esperado. Uma boa acção
pode ser lida ou tida como uma infame “má” acção… onde tantas vezes a ajuda
esperada de conforto nem chega!
Entretanto
sempre ouvimos dizer de toda a gente do respeito que merecem as opiniões dos
outros…mas será mesmo assim? Ou num mundo estranho do relacionamento humano
onde paira tantas vezes a hipocrisia e a intolerância, ter opinião é o passo
para um resultado de mágoa e
incompreensão…
Vejamos como
hoje se desenvolvem muitos debates mesmo entre pessoas com civilidade
inquestionável… Aplica-se tantas vezes aquele princípio de que não vale
explicar a quem não quer entender… e aplicado à escola de hoje, o mais difícil
para os professores é ter de ensinar a quem não quer aprender.
Chegados aqui já
quantos “comentários” temos apanhado do que escrevemos?
Vamos avançar
então com uma opinião…pronto!
2 – Quantas vezes
chega à nossa mão a “obra” de um artista,
e vem acompanhada de “instruções”!
Pode ser um
aparelho fabricado pelo seu
criador, que traz um manual de instruções, onde ele entendeu escrever um
conjunto de conselhos e procedimentos para que na sua utilização e
funcionamento fossem respeitados de modo a resultarem no seu bom uso.
Mas está o seu
utilizador “obrigado” a ler e respeitar as normas que lhe foram presentes ?
Certamente é
inquestionável, que ninguém melhor que o artista que o fabricou, poderia dar
essas instruções…
Aceitamos que
cabe ao utilizador seguir ou não as instruções para o bom funcionamento desse
aparelho, etc. … não podendo atribuir-se ao fabricante responsabilidades por
indevido desrespeito das instruções dadas! Ou será que pode ?
É que…segundo a
versão, entenda-se, “não evolutiva”…
Já por cerca de
meia dúzia de milénios, o casal humano foi criado para habitar numa Terra
paradisíaca. E foram dadas instruções sobre o modo como deviam levar a sua
vida. E com o livre arbítrio que também
lhes foi concedido, entenderam não respeitar as orientações que lhes
foram dadas. E com esse acto de não acatamento, passaram a experimentar as
consequências de ser independente do seu “Criador”. Perderam como que a “garantia”
de fabrico…
Consultando hoje
o “livro de instruções”, e tão só a título de exemplo, e num aspecto bem actual,
por ser também muito falado, cada vez menos polémico, permita-se, podemos ver
que o “criador” tem lá orientações para a vida dos cristãos, e com data de
cerca de dois mil anos, nomeadamente no livro de 1 Coríntios 6:9… e que em certa
tradução diz:
“Não sejais desencaminhados. Nem fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros,
nem homens mantidos para propósitos desnaturais, nem homens que se deitam com
homens, nem ladrões, nem gananciosos, nem beberrões, nem injuriadores, nem
extorsores herdarão o reino de Deus.
... Todas as coisas
me são lícitas; mas nem todas as coisas são vantajosas.”
Não tinha Deus legitimidade para dar orientação para bom uso da “obra”
criada ?
Pode ele ser agora responsável, entre outros, pela guerra, violência, ódio e miséria do mundo ?
E não tem, e continua a ter o Homem o livre arbítrio para agir de sua própria
vontade como entender? E não faz
isso mesmo com as leis e normas no emprego, na família, na sociedade e na suas
actividades, mesmo que elas estejam “reguladas” por leis, como o Código do Trânsito,
o Código Criminal, Civil, do Trabalho, etc.? Ou mesmo as mais simples regras
indicadas pelo seu “patrão no trabalho?
Ah! Sobre a homossexualidade Deus tem opinião… e o homem tem livre arbítrio!
E assim sujeitamos opinião ao escrutínio doutra opinião… sem delito de
opinião!
Armando Guedes
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