terça-feira, 26 de março de 2013


"A lógica leva-te de A para B. A imaginação leva-te para todo o lado"  
in 
Albert Einstein 
(Físico teórico alemão famoso pela sua Teoria da Relatividade, recebeu um prémio Nobel da Física e era também grande apaixonado pela música e defensor dos direitos humanos)




Lógica - estudo filosófico do raciocínio válido
Imaginaçãocapacidade de formar novas imagens e sensações que não são percepcionadas pelos sentidos

A lógica tem-nos trazido imensos benefícios nos campos das diversas ciências e uma melhor compreensão do que nos rodeia e da Natureza, mas talvez tenha como seu ponto frágil o facto de limitar bastante a nossa experiência naquilo que transcende a lógica atual. Se é verdade que no passado o grande peso que imaginação tinha levou à criação de muitos mitos e medos nos diversos povos, hoje em dia a cada vez mais importância dada à lógica pura poderá ter tendência a criar seres humanos mais frios, menos criativos e menos humildes, com visões muito restritas. 

Mas o que será a imaginação? Um conjunto de neurónios que com alguma vontade própria comunicam entre si e criam aquilo a que chamamos ideias? Ou será é um estado alterado de consciência que nos liga a um mundo transcendente onde a sabedoria é infinita? É preciso reconhecer que é graças à lógica que se consegue colocar em prática as ideias inspiradoras da imaginação, em que um pintor consegue representar a sua ideia numa tela com tintas, que um músico consegue trazer para este mundo uma melodia através dos instrumentos, que um engenheiro consegue a partir de um monte de peças criar um dispositivo que concretize determinado objetivo. A lógica tem prestado um grande serviço à imaginação, porém num mundo cada vez mais sem tempo para parar e refletir um pouco, a inteligência criativa está a perder terreno em favor da inteligência lógica. Não será verdade que as mais belas obras de arquitetura são na sua esmagadora maioria as que foram feitas no passado? Atualmente temos edifícios inteligentes, energeticamente eficientes e resistentes a terramotos, mas a grande parte não passa de formas geométricas básicas e desinspiradas, todas iguais entre si, estragando muitas vezes a harmonia da paisagem e da Natureza. Estaremos a afastar-nos da nossa fonte divina e a cair num materialismo da lógica reducionista? Estará a nossa mente com as suas limitações dos cinco sentidos a ficar cada vez mais cega e presa num mundo visto apenas à sua maneira? 
Talvez Einstein quisesse chamar a atenção para o facto de não ficarmos estagnados no ponto B, ele que terá sido com toda a certeza um dos lógicos mais imaginativos do século XX.

2 comentários:

Unknown disse...

:)
A lógica não te leva só de A a B. Pode levar-te de A a Z, se tiveres lógica suficiente.
Pois em todo o lado existe uma letra.

Embora não concorde com todos os aspectos mencionados no texto, deixo-te a minha felicitação...

alice marques disse...

Gostei muito do teu texto. Muitas vezes confundimos lógica com o reducionismo empírico do que foi ciência até há bem pouco tempo.

Cada vez mais a "nova" ciência prova que a "imaginação" é parte importante no acontecer. As coincidências existem (os acasos é que não).

Como tantas vezes falamos pelo Caminho, a imaginação é o acesso ao astral, onde as ideiasomas se formam. Os "grandes" cientistas buscam e acedem a elas, assim como os randes artistas, pensadores, e todos nós se assim o pretendermos no âmago.

Bem-hajas por este texto que abre perspectivas.

Jinho fofinho