(Salvador Dali) |
A Igreja Católica
comemora a 1 de Novembro a “Festa de Todos os Santos”, em honra dos mártires e
cristãos heróicos.
As famílias
comemoram também, neste dia, e por antecipação, os Fiéis Defuntos, que é
assinalado a 2 de Novembro, em honra de todos os que já partiram.
O dia de
Todos-os-Santos foi instituído com o objectivo se suprir quaisquer faltas dos
fiéis em recordar os santos, nas celebrações ao longo do ano. Esta tradição de
recordar os santos esteve na origem da composição do calendário litúrgico, em
que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos
martirizados, como testemunho pela sua fé.
A comemoração
oficial de Todos os Santos foi fixada no século IX, no dia 1 de Novembro e a
dos Fiéis Defuntos no século X, no dia 2 de Novembro.
Para um não crente,
nenhuma destas comemorações faz sentido. Negando Deus, logicamente negam a vida
eterna, a vida para além da morte. O dia de “Todos os Santos” é uma aberração e
o dia de “Fiéis” não deveria ser lembrado, pois, com a morte, tudo acaba, o ser
humano é aniquilado. Quando muito, deveria ser apenas uma mera recordação.
Para um crente, faz
todo o sentido ambas as comemorações e em dias seguidos. No dia 1 celebramos e
comemoramos, com paz e amor, todos os santos, já falecidos. Mas também celebramos
todos os santos vivos, aqueles que estão na Graça de Deus, esperando a sua hora
do encontro com o Pai. Os santos que já partiram são o exemplo para os vivos,
dizendo-nos que, se quisermos, podemos alcançar a salvação; indicam-nos o
caminho (lembro-me do lindo nome que foi soprado pelo Espírito: “O Caminho da Montanha”);
dizem-nos que é possível morrer em santidade, com a Graça de Deus). O resultado
vai depender da resposta de cada um ao chamamento a essa mesma santidade.
No dia dos Fiéis
recordamos, de uma maneira especial, os nossos entes queridos que já partiram e
que, esperamos, estejam na união perfeita com Deus.
Embora crentes e
com fé, temos o direito à saudade, à recordação, mas sem nunca esquecer a
certeza do Mistério Pascal, que tem o seu apogeu na certeza do Cristo
Ressuscitado.
Para quem tem fé, o
dia dos Fiéis Defuntos é o dia em que recuperamos o encontro com aqueles que já
não estão connosco. Na Eucaristia acontece este autêntico milagre.
Em resumo: o Dia de
Todos os Santos é um dia de festa, que não deve ser ofuscado pela celebração do
dia que se lhe segue. A comemoração do Dia de Todos os Fiéis Defuntos nasceu,
no entanto, em ligação com a celebração do dia anterior e, muito naturalmente,
pois nele se celebra a vida para além da morte, na esperança da ressurreição no
último dia.
Ernesto Henriques
3 comentários:
Obrigada pela contribuição.
Em certas culturas há a crença de que na noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro os "mortos" podem conviver com os "vivos", pelo que estes preparam nos cemitérios uma festa. É exemplo alguns países de índole católica na América do Sul.
Os planos misturam-se, e os mortos descem ao mundo dos vivos numa celebração de Vida, no matar das saudades.
Igualmente é nesta noite que as "bruxas" se assumem e voam nas vassouras.
É o Halloween (ou Hallowe'en). Este culto que nos vem da Irlanda, Escócia e mais tarde dos Estados Unidos, tem as suas raízes no festival Celta de Samhain.
Em resumo, estes dias são mais uma festividade secular, com raízes no Tempo.
Olá a todos, em especial ao Ernesto.
É verdade, hoje a Igreja Católica celebrou mais uma das suas importantes festas, eu também a celebrei, antecipando o dia de amanhã, o dia dos Fieis Defuntos.
Para mim, o dia de Todos os Santos são todos os dias, no entanto o dia de hoje é particular, pois assim é chamado, honro-o com amor e fé, como faço com os dias que me tocam particularmente.
Sou católica, reconheço as festas que pertencem a esta Igreja, sem esquecer no entanto as que são e foram instituidas por Ela mesmo, mas também as que são oriundas do paganismo e das quais a Igreja fez quase um "plágio", não deixando por isso de ser igualmente importantes tanto pela comemoração como pelo sentido das mesmas.
Volto a dizer que sou católica, fica apenas a vontade e o desejo que os dirigentes da Igreja à qual pertenco, defendo e amo se recordem também que o importante não é apenas comemorar e organizar bonitas celebrações com o objectivo de festejar, não importa apenas divulgar e distribuir panfletos bonitos com textos de reflexão, mas interessa que sejam eles os primeiros a dar o exemplo dos mártires e o exemplo de Jesus, que se entreguem acima de tudo ao Amor maior e que pratiquem os ensinamentos deixados por Jesus que tanto divulgam. Que não tentem impedir e não impeçam os leigos de praticar o Amor como Jesus nos ensinou.
Beijinhos para todos.
Mais uma coisa que aprendi, Só acho que ir ao cemiterio seja uma má ideia pois hoje em dia é mais uma passagem de modelos e cobiças...
Enviar um comentário