10 de Junho - 9 Anos

(Mestre Lima de Freitas: Vieira e o V Império)

Há nove anos atrás a casa que se denominou Caminho da Montanha abriu as portas. Estavam presentes os “Fundadores”, família, amigos e muito poucos conhecidos. Foi o primeiro passo nesta realidade de um sonho, que um dia alguém soprara ao ouvido.

Porquê o dia 10 de Junho para a abertura? Este é o dia de Portugal, o dia comemorativo do povo que Camões denominou como “a Raça”. Este termo, agora discriminatório em alguns círculos, foi celebrado na grande epopeia “Os Lusíadas” onde a nossa História toma contornos mitológicos e se assume como herdeira dos deuses. Como tal, sendo a “cabeça” da Europa, terá uma Missão mui nobre e luminosa.

O Caminho da Montanha não se vai arrogar o papel de representante deste povo, mas antes uma pequena célula, orgulhosa de ser portuguesa e onde é nosso trabalho abrir as portas da espiritualidade, várias perspectivas, várias janelas, fendas que sejam por onde possa entrar a Luz, tão Encoberta por meandros do quotidiano cego. Não é de política que falamos, nem de religião, tampouco de crenças, pois não faz parte do nosso Fado cantar tais madrigais.

É nosso querer ser Montanha bem assente na Terra - por onde se pode subir, e não se fala de facilidades, por várias vertentes - cujo cimo toca a Estrela, que nos ilumina e guia.

Falemos da Estrela. É o nome da montanha mais alta de Portugal. Envolvida no nevoeiro do mistério das Origens, onde Viriato à frente dos Lusitanos semeou lendas e mitos.  Também se fala na Estrela dos Reis Magos, a estrela-guia que os levou ao Menino, Senhor da Luz.

São apenas símbolos nascidos ao errar da pena, inspirados não se sabe por quem, mas que tomaram vida na Realidade nestes 9 anos.

Foi sempre hábito nosso celebrarmos entre nós cada aniversário. Todavia, este ano o convite é outro. O 9 representa a Iniciação, a Grande. Esta dá-se na solidão, na introspecção, no mergulho em Si. Esta é a proposta para esta passagem aos Caminhantes pela Montanha.

Estaremos por cá, esperamos, a aguardar aqueles que buscam, aqueles que cansados da jornada pedem repouso, os que perdidos buscam uma orientação, aqueles que simplesmente vêm.

Aos “nossos” que formam a Égrégora da Montanha um grande bem-hajam! 
Que demos as mãos, num círculo de Amor, rejuvenescidos pela água de ouro da Vida e protegidos pela Vontade do Universo!